domingo, 15 de abril de 2012

Filme: A Cor do Paraíso de Majid Majidi



Salime Feizi - (Avó)


Mohsen Ramezani - Mohammad 

Farahnaz Safari - (Irmã mais velha)

Elham Sharifi - (Irmã mais nova)




Hossein Mahjoub - Hashem (pai)

Salime Feizi - (Avó)

Mohsen Ramezani - Mohammad


Filme: A Cor do Paraíso  

O filme iraniano "A Cor do Paraíso"(1999) é mais uma belíssima obra de Majid Majidi, o mesmo diretor de "Filhos do Paraíso".
Seguindo a tradição do cinema iraniano de abordar o universo infantil, Majidi traz a história de Mohamad, um menino cego que busca o sentido da vida nas mínimas coisas, nos sons mais singelos da natureza e na sensibilidade do toque. Apesar da trama aparentemente pueril, "A Cor do Paraíso" possui quase todos os elementos de uma tragédia grega, um personagem com a falha trágica (o pai de Mohamad), a vontade dos deuses (neste caso de Alá) que rege todas as coisas, uma série de eventos relacionados que conduz à epifania e ao final catártico.
Uma fotografia magnífica emoldura este filme que supera "Filhos do Paraíso" em sua complexidade humana e na representação de uma multiplicidade de aspectos emocionais. Certamente, é um degrau ascendente na carreira de Majidi, que consegue como poucos cativar com uma história tão simples e cotidiana.
Belo e emocionante!
Fonte: Henry Alfred Bugalho em "criticadearte"



FICHA TÉCNICA
Diretor: Majid Majidi
Elenco: Mohsen Ramezani, Hossein Mahjoob, Salime Feizi, Elham Sharifi, Farahnaz Safari.
Produção: Mehdi Karimi
Roteiro: Majid Majidi
Fotografia: Mohammad Davudi
Trilha Sonora: Keivan Jahanshahi
Duração: 90 min.
Ano: 1999
País: Irã
Género: Drama

Majid Majidi (Teerã,1959) é um diretor de cinema, produtor e roteirista iraniano reconhecido internacionalmente. Nasceu no Irã, filho de pais de classe média. Cresceu no Teerã e, com 14 anos, começou a atuar em teatros amadores. Mais tarde estudou no Instituto de Artes Dramáticas, também no Teerã. Em 1998, Majidi foi o único diretor a ser indicado para o prémio da Academia para melhor filme em língua estrangeira, com o filme Filhos do Paraíso, de 1998. Entretanto ele perdeu o Oscar para o filme A Vida É Bela, de Roberto Benigni. Majidi também dirigiu outros grandes filmes como Baran (2001) e O Pai (1996).

Sinopse
O filme conta a história de um menino cego, que vive num colégio interno apenas para crianças cegas. Nas férias, ele precisa ir para sua casa, mas seu pai (Hashem) é o último a chegar para buscá-lo. O pai e o professor conversam, pois o pai do garoto não quer levá-lo embora, dizendo não saber como cuidar dele depois que sua esposa morreu. Diante da impossibilidade de deixar o garoto na escola, o pai leva-o consigo, pretendendo no entanto mantê-lo oculto dos olhos dos moradores de sua cidade, pensando que o filho cego pode impedí-lo de realizar seu casamento que já está programado com uma jovem de uma tradicional família islâmica.Tal fato ocorre, pois na cultura islâmica filhos que nascem com alguma deficiência são um sinal de "maldição" na família. O menino, que se chama Mohammad, encontra carinho e compreensão com a avó e as irmãs. Ele quer ir à escola com elas, mas o pai o proíbe. Um dia, diante da tristeza do garoto, a avó o conduz à escola onde ele se mostra mais avançado que as crianças da vila nos estudos. Ao saber do ocorrido, o pai o proíbe mais uma vez de ir às aulas junto com as outras crianças para evitar que a notícia sobre sua cegueira se espalhe. Como não consegue manter o garoto oculto, o pai resolve mandá-lo como aprendiz a um carpinteiro cego. Mesmo diante do choro do filho e da revolta da mãe, leva a criança e a deixa como aprendiz. Mesmo com esses cuidados para não tornar pública a situação do filho, a família de sua noiva descobre o fato, e usa-o como pretexto para romper o noivado, o que se dá logo depois que a avó do garoto morre de tristeza pela ausência do neto. Vendo o caos em que se transforma sua vida, o pai resolve ir buscar o garoto, mas no caminho para casa o menino se desequilibra e cai dentro de um rio de forte correnteza. Por um segundo Hashem pensa antes de ir salvá-lo, mas pula atrás dele, debatendo-se na água em vão, pois não alcança o garoto. Ambos vão dar numa praia, e quando o pai em desespero pega a criança inerte no colo,... acaba-se assim a ação do filme.


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