terça-feira, 31 de julho de 2012

"Eu me perdi" - Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen


Eduardo Afonso Viana, Revolta das bonecas, 1916, óleo sobre tela, 114 x132 cm


Eu me perdi 


Eu me perdi na sordidez de um mundo

Onde era preciso ser
Polícia, agiota, fariseu 
Ou cocote 

Eu me perdi na sordidez do mundo
Eu me salvei na limpidez da terra 

Eu me busquei no vento e me encontrei no mar
E nunca 
Um navio da costa se afastou 
Sem me levar 
 
 



Galeria de Eduardo Viana
Eduardo VianaPonte D. Maria (Porto)


Eduardo Viana, Vista do Porto e do rio Douro


Eduardo VianaVista do Porto 


Eduardo Viana, Rio Douro


Eduardo VianaPaisagem de Sintra


Eduardo Viana, K4 Quadrado Azul


Eduardo Viana, Nu, 1925, óleo sobre tela, 96 x 146 cm


Eduardo VianaNatureza Morta


Eduardo VianaComposição (1947, Museu José Malhoa)


Eduardo Viana, La Petite, 1916, Colagem


Eduardo VianaAs Três Abóboras 
 

Eduardo Viana, O homem das louças, 1919, 
óleo sobre tela, 131 x 114 cm


Eduardo VianaLouça de Barcelos, 1915


Eduardo VianaPousada de Ciganos, 1923



Eduardo Viana


Eduardo Afonso Viana, mais conhecido por Eduardo Viana (Lisboa, 28 de Novembro de 1881 — Lisboa, 21 de Fevereiro de 1967),  foi um pintor português. É consensualmente reconhecido como "um dos maiores pintores da primeira geração do modernismo nacional"
 

Interrompe o curso de pintura em 1905, ano em que parte para Paris, onde estuda com J. P. Laurens e frequenta as Academias Livres
 
Viaja até Inglaterra, Holanda e Bélgica; faz amizade com Amadeo de Souza-Cardoso, Francisco Smith e Emmerico Nunes.

Entre 1911 e 1915 envia trabalhos para o salão oficial da SNBA, sendo-lhe atribuída uma Menção Honrosa (1911) e uma 2ª Medalha (1915).

Regressa a Portugal depois da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Entre 1915 e 1916 reside em Vila do Conde e mantém uma relação de grande proximidade com o casal Robert Delaunay e Sonia Delaunay, que se havia fixado nessa localidade, contactando também com Amadeo de Souza-Cardoso, então a residir em Manhufe, perto de Amarante.

Em 1919 participa no III Salão dos Modernistas do Porto; em 1920, 1921 realiza duas exposições individuais (no Porto e em Lisboa); em 1923 é convidado, com Amadeo e Almada, a participar na exposição os Cinco Independentes, SNBA, Lisboa.

Em 1925 organiza o primeiro Salão de Outono, SNBA, "que reunia, entre os trinta nomes apresentados, o mais interessante de toda uma geração", onde expõe 8 trabalhos, entre os quais as telas para o café «A Brasileira»; nesse mesmo ano regressa a Paris, mudando-se para a Bélgica cinco anos mais tarde.

Regressa definitivamente a Portugal em 1940 devido à intensificação da 2ª Guerra Mundial.

A parte final da sua carreira corresponde a um tempo de consagração. A partir de 1935 participa no I, VI, VIII, XI, XII e XIV Salão de Arte Moderna do SPN / SNI, vencendo o Prémio Columbano em 1941 e 1948. Em 1957 vence o Grande Prémio de Pintura na Exposição da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. 
 
Em 1965 é-lhe atribuído o Prémio Nacional de Arte, do SNI. E o Museu de Arte Contemporânea adquire nove dos seus trabalhos mais notáveis. 
 
De "temperamento recolhido e «grognard»", "supersticioso, austero, exigente e obstinado", jamais consentiu que alguém tomasse a iniciativa de dar a conhecer a sua obra de forma extensiva. Todas as celebrações à sua volta lhe seriam indiferentes e, por isso, "só postumamente puderam culminar numa grande exposição retrospetiva, oficialmente realizada em 1968, no SNI"
 
Foi um dos artistas portugueses que menos seguiu modas e escolas. Entre os seus trabalhos mais significativos encontram-se A Revolta e O Homem das Louças. (Daqui)


Stephane Wrembel: "Bistro Fada"


Stephane Wrembel
é um guitarrista de jazz francês, atualmente residente em BrooklynNova Iorque. Wrembel é mais conhecido como compositor e intérprete de Gypsy Jazz.

Wrembel estudou piano clássico desde os quatro anos em FontainebleauFrança, antes de assumir a guitarra aos 16 anos. 
 
Enquanto frequentava a Escola Americana de Música Moderna de Paris, Wrembel inspirou-se em Django Reinhardt  para estudar composição, jazz e música clássica contemporânea. 
 
Após a formatura, Wrembel foi premiado com uma bolsa de estudos para o Berklee College of Music.

Wrembel emitiu vários álbuns, em seu próprio nome como O Trio Wrembel Stephane e sua canção "Big Brother" que foi destaque na trilha sonora de Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona
 
Em 2011, compôs a faixa tema do filme de Woody Allen, Midnight In Paris, intitulado Bistro Fada.

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