sábado, 4 de agosto de 2012

"O Tejo" - Poema de Alberto Caeiro


Rio Tejo
 

O Tejo

 
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.

O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.

O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.

Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.


 Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XX"
 (Heterónimo de Fernando Pessoa)


Rio Tejo

Rio Tejo


 A Ponte de Belver sobre o rio Tejo na Estrada Nacional 24
 unindo Belver a Gavião.


Rio Tejo a jusante das Portas de Ródão.


Rio Tejo - A Ponte de Portas de Ródão na Estrada Nacional 18,
em Portas de Ródão.


Rio Tejo e o castelo de Almourol, 
em Vila Nova da Barquinha.


Rio Tejo visto do Castelo de Almourol.


A Ponte Salgueiro Maia sobre o rio Tejo no IC 10, está situada
 junto ao vale de Santarém a jusante da cidade.


A Ponte Marechal Carmona também chamada Ponte de Vila 
Franca de Xira une Vila Franca de Xira a Porto Alto.


A Ponte D. Luís I também chamada Ponte de Santarém sobre o
rio Tejo na Estrada Nacional 114, une Santarém a Almeirim.


A Ponte João Joaquim Isidro dos Reis, conhecida popularmente como 
Ponte da Chamusca, sobre o rio Tejo na Estrada Nacional 243, 
une a Chamusca e a Golegã.


Rio Tejo, ponte Vasco da Gama


Rio Tejo, ponte Vasco da Gama


Rio Tejo-Vista do Parque das Nações, em Lisboa.


Ponte 25 de Abril, construída sobre o estuário do rio Tejo,
e liga Lisboa a Almada.

Ponte 25 de Abril vista do Cristo-Rei.
Ao fundo, pode-se ver Alcântara (Lisboa).

RioTejo - Estuário, Portugal


O Tejo é o rio mais extenso da Península Ibérica. A sua bacia hidrográfica é a terceira mais extensa na península, atrás do rio Douro e do rio Ebro. Nasce em Espanha - onde é conhecido como Tajo - a 1 593 m de altitude na Serra de Albarracín, e desagua no Oceano Atlântico, banhando Lisboa, após um percurso de cerca de 1 007 km. A sua bacia hidrográfica é de 80 600 km² (55 750 km² em Espanha e 24 850 km² em Portugal), sendo a segunda mais importante da Península Ibérica depois da do rio Ebro.
Da foz do Tejo partiram as naus e as caravelas dos descobrimentos portugueses. A onda que assolou Portugal no dia do terramoto de 1755 subiu o rio e inundou Lisboa e outras localidades na margem. 
Em Lisboa o rio Tejo é atravessado por duas pontes. A mais antiga é a Ponte 25 de Abril (inaugurada em 1966, então Ponte Salazar), uma das maiores pontes suspensas da Europa, e que liga a capital de Portugal a Almada. A outra é a Ponte Vasco da Gama, de cerca de 17 km de comprimento. Foi inaugurada em 1998 e liga Lisboa (Sacavém) a Alcochete e Montijo. O local mais largo deste rio chama-se Mar da Palha e fica entre a Lisboa, Vila Franca de Xira e Benavente
Junto a Vila Franca de Xira existe ainda a Ponte Marechal Carmona que liga as duas margens. Era muito utilizada, mas com a construção da Ponte Vasco da Gama perdeu tráfego. 
Existe à entrada da barra deste rio uma fortaleza (o forte de São Julião da Barra). 
Todos os anos no porto de Lisboa, atracam centenas de paquetes de luxo, principalmente na doca de Alcântara. No seu estuário existe uma reserva ecológica (Reserva Natural do Estuário do Tejo, com sede em Alcochete) onde nidificam várias espécies de avesO avistamento de golfinhos no Tejo é um sinal de que a água está menos poluída, o que contribui para o aumento da biodiversidade (seres vivos) que vivem no rio.


Flamingos na reserva  do rio Tejo, Portugal 


Golfinhos voltam ao rio Tejo


Rio Tejo menos poluído atrai os golfinhos


Golfinho no rio Tejo


"Se revelares os teus segredos ao vento, não o culpes por os revelar às árvores."

(Khalil Gibran)


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