quinta-feira, 11 de outubro de 2012

"A verdadeira mão" - Poema de Ana Hatherly


Diego Rivera, A Noite dos Pobres


A verdadeira mão


A verdadeira mão que o poeta estende
não tem dedos:
é um gesto que se perde
no próprio ato de dar-se 

O poeta desaparece
na verdade da sua ausência
dissolve-se no biombo da escrita 

O poema é
a única
a verdadeira mão que o poeta estende

E quando o poema é bom
não te aperta a mão:
aperta-te a garganta


O Pavão Negro
Assírio & Alvim
(2003)




Galeria de Diego Rivera

Ao longo de sua vida, Diego Rivera criou mais de dois mil quadros, cinco mil desenhos e cerca de quatro mil metros quadrados de pintura mural. Foi um pintor revolucionário que queria levar a arte ao grande público, nas ruas e edifícios, manejando uma linguagem precisa e direta com um estilo realista, pleno de conteúdo social.


Diego Rivera, Retrato de Ignácio Sanchez, 1927


Diego Rivera, Woman Grinding Maiz, 1924 (La molendera)


Diego Rivera, Vendedora de Flores, 1926


Diego Rivera, The Flower Carrier, 1935


Diego Rivera, A vendedora de jarros


Diego Rivera, The Flower Carrier


Diego Rivera, Flower Seller


Diego Rivera, Flower Seller


Diego Rivera, Festival, Feast of Santa Anita, 1931


Diego Rivera,"Retrato de Mujer" (1944) 


 Diego Rivera,  Nude with Call Lilies, 1944


Diego Rivera, Portrait of Natasha Gelman


 
Diego Rivera, Retrato de Ruth Rivera, 1949


“Agora eu sei que quem quer criar um trabalho que tenha apelo universal tem que plantar em sua própria terra. Grandes obras são como uma árvore, que só cresce num certo tipo de solo. Quanto mais nativo for o trabalho, mais pertence ao mundo todo porque gosto está intimamente ligado à natureza. Quando dá certo, arte está enraizada na natureza. Este é o segredo da arte primitiva e também da arte dos mestres — Michelangelo, Cezanne, Seurat e Renoir. O meu melhor trabalho dá certo porque sou mexicano.” - Diego Rivera


Diego Rivera, Baile Tehunatepec (1928)


Diego Rivera La Civilización Tarasca (1950)


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