quinta-feira, 2 de maio de 2013

"Solidão" - Poema de Manuel da Fonseca


Giovanni Boldini (Italian Academic Painter, 1842-1931), Crossing the Street, 1875
 


Solidão


Que venham todos os pobres da Terra
os ofendidos e humilhados
os torturados
os loucos:
meu abraço é cada vez mais largo
envolve-os a todos!

Ó minha vontade, ó meu desejo
— os pobres e os humilhados
todos
se quedaram de espanto!...

(A luz do Sol beija e fecunda
mas os místicos andaram pelos séculos
construindo noites
geladas solidões.)


Manuel da Fonseca,
in "Poemas Dispersos"


Vida e Obra de Giovanni Boldini

Giovanni Boldini, Self-portrait, 1911


Giovanni Boldini (Ferrara, 31 de dezembro de 1842 - Paris, 11 de julho de 1931) foi um pintor académico italiano.
Sob a direção do pai, restaurador e pintor, Giovanni aproxima-se da pintura por meio de uma acentuada atenção aos grandes mestres do Renascimento e da maniera de Cosme Tura e Dosso Dossi.
Aos 20 anos, já consagrado como retratista, Boldini transfere-se para Florença e inscreve-se na Academia, onde segue os cursos de E. Pollastrini e de S. Ussi. Trava contacto, sobretudo, com alguns pintores Macchiaioli, dos quais guarda certa distância, e com diversos estrangeiros importantes, como os Falconer, proprietários de uma villa em Pistóia, onde Boldini decorará um boudoir.
Com os Falconer, vai a Paris, para a Exposição Universal de 1867, quando conhece Degas, Manet, Sisley, Caillebotte, admirando sobretudo as obras de Corot. Três anos mais tarde, faz uma estadia em Londres, fundamental pelo estudo de grandes retratistas e caricaturistas ingleses do século XVIII, de Gainsborough a Hogarth.
Com a derrota da Comuna em 1871, Boldini retorna a Paris, desta vez para se fixar na cidade que se apresta a viver seu mais glorioso período mundano. O marchand Goupil compra obras suas no género anedótico de Meissonnier e Fortuny, onde se percebe um diálogo estético com a produção de Watteau e Fragonard.
Na década de 1880, é de se sublinhar seu encontro decisivo com Frans Hals, graças a uma viagem à Holanda em 1875, onde nasce sua paixão pelas diversas tonalidades negras e pelos chumbos profundos. É desta década o célebre retrato a pastel de Verdi, que confirma a importância para sua obra da grande amizade com Degas.
A década de 1890 assiste ao nascimento de outra obra-prima do artista, o Retrato do Conde de Montesquiou (Centro Georges Pompidou, Paris), enquanto sua atividade como retratista leva-o a Nova Iorque, solicitado pelos Vanderbilt, pelos Whitney e outros. Os anos finais da atividade de Boldini são prejudicados por problemas de saúde e principalmente por um progressivo enfraquecimento da vista.(Daqui)
 

Giovanni Boldini, In the Studio, 1884-1885
 

Giovanni Boldini, The Red Umbrella, 1872-1875


Giovanni Boldini, Venice


Giovanni Boldini, View of Venice


Giovanni Boldini, Omnibus place Pigalle, 1880


Giovanni Boldini, Le matador


Giovanni Boldini, L'espagnole du Moulin Rouge


Giovanni Boldini, The art connoisseur


Giovanni Boldini, The Lady Pianist, Private collection


Giovanni Boldini, The Guitar Player, 1873


Giovanni Boldini, Gallant scene, 1875-1877


Giovanni Boldini, Peaceful days, 1875
 

Giovanni Boldini, Portrait of Rita de Acosta Lydig, 1911


Giovanni Boldini, Marchesa Luisa Casati with a Greyhound, 1908


Giovanni Boldini, Portrait of Giovinetta Errazuriz, 1892, Private collection

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