sábado, 19 de março de 2016

"A Meus Filhos" - Poema de António Osório


Myrtille Henrion Picco, Lilybellul à 8 ans, 1989, huile sur toile / 61 x 50 cm.



A Meus Filhos


A meus filhos 
desejo a curva do horizonte. 

E todavia deles tudo em mim desejo: 
o felino gosto de ver, 
o brilho chuvoso da pele, 
as mãos que desvendam e amam. 

Marga, 
meu fermento, 
neles caminho e me procuro, 
a corpo igual regresso: 

ao rápido besouro das lágrimas, 
ao calor da boca dos cães, 
à sua língua de faca afetuosa; 

à seta que disparam os ibiscos, 
à partida solene da cama de grades, 
ao encontro, na praia, com as algas; 

à alegria de dormir com um gato, 
de ver sair das vacas o leite fumegante, 
à chegada do amor aos quatro anos. 


António Osório, in 'A Raiz Afectuosa'


Myrtille Henrion Picco, L'Enfant et le Chat, 1989, huile sur toile / 50 x 61 cm.


"A caridade é a virtude predileta de Deus."




Os Gatos e os Provérbios
(Imagens retiradas da internet)


"A criança e o gatinho vão a quem lhes faz miminho."

(Provérbio)




"De noite, todos os gatos são pardos."

(Provérbio)




"Filho de gata, ratos mata."

(Provérbio)




"Bonitas palavras não engordam gatos."

(Provérbio)




"Em casa de vilão, nem gato, nem cão."

(Provérbio)




"Do gato pisado sai o miado."

(Provérbio)




"A casa que não tem gatos tem muitos ratos."

(Provérbio)




"A curiosidade matou o gato."

(Provérbio)




"A gato que rói, nunca faltaram farrapos."

(Provérbio)




"A bom gato, bom rato." 

(Provérbio)




"A língua do cão é benta e a do gato sebenta."

(Provérbio)




"Bafo de gato, que nem chegue ao fato."

(Provérbio) 



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