Jules Breton (French naturalist painter, 1827-1906), La Bénédiction des blés en Artois
(The Blessing of the Wheats in Artois), 1857, Musée d'Orsay
O pão de cada dia
Que o pão encontre na boca
o abraço de uma canção
construída no trabalho.
Não a fome fatigada
de um suor que corre em vão.
Que o pão do dia não chegue
sabendo a travo de luta
e a troféu de humilhação.
Que seja a bênção da flor
festivamente colhida
por quem deu ajuda ao chão.
Mais do que flor, seja fruto
que maduro se oferece,
sempre ao alcance da mão.
Da minha e da tua mão.
in "Faz escuro mas eu canto",
Editora Global
'Faz escuro mas eu canto', livro de poemas de Thiago de Mello publicado em 1965, é sempre lembrado por seu autor como seu livro mais querido. Faz Escuro mas Eu Canto
resgata os contornos verdadeiros das coisas e das almas - o amor
ferido, as cantigas de roda, o açude, a fome, os sem-terra, entre
outros. Em sua obra, Thiago de Mello inspira coragem e esperança de dias melhores.
Com a instalação da ditadura militar no Brasil em 1964, os ventos para Thiago não foram nada favoráveis. Na ocasião em que esteve preso, deparou-se com um de seus versos escritos na cela: “Faz escuro mas eu canto/ Porque a manhã vai chegar”. Era o sinal de que sua luta incessante pelo respeito à vida humana encontrava eco e precisava ser levada adiante.
A presente edição de Faz escuro mas eu canto traz carinhoso depoimento de Pablo Neruda, de quem o poeta se tornaria amigo e com quem compartilharia momentos de alegria e de tensão durante o período em que esteve exilado no Chile.
Escritos num momento em que o Brasil atravessava tempos sombrios, os poemas do livro são tingidos por um sopro renovador que encanta e acalenta o coração inquieto da humanidade. (Daqui)
Com a instalação da ditadura militar no Brasil em 1964, os ventos para Thiago não foram nada favoráveis. Na ocasião em que esteve preso, deparou-se com um de seus versos escritos na cela: “Faz escuro mas eu canto/ Porque a manhã vai chegar”. Era o sinal de que sua luta incessante pelo respeito à vida humana encontrava eco e precisava ser levada adiante.
A presente edição de Faz escuro mas eu canto traz carinhoso depoimento de Pablo Neruda, de quem o poeta se tornaria amigo e com quem compartilharia momentos de alegria e de tensão durante o período em que esteve exilado no Chile.
Escritos num momento em que o Brasil atravessava tempos sombrios, os poemas do livro são tingidos por um sopro renovador que encanta e acalenta o coração inquieto da humanidade. (Daqui)
In: Faz escuro mas eu canto, 1999, Bertrand Brasil, 17ª edição.
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=189276 © Luso-Poemas
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