(Eylau and Jeanine Lepic), 1871
A minha filha Violante
Acorda cedo como os passarinhos,
vem logo direita à minha cama;
sacode-me com jeito, por mim chama
e abre-me os olhos com os seus dedinhos.
vem logo direita à minha cama;
sacode-me com jeito, por mim chama
e abre-me os olhos com os seus dedinhos.
Estremunhado, zango-me. – “Beijinhos,
não quer beijinhos?” com voz d’ouro exclama.
Da minha ira empalidece a chama,
e, acarinhando-a, pago os seus carinhos.
Senhor! que amor de filha tu me deste!
Dá-lhe um caminho brando e sem abrolhos,
dá-lhe a Virtude por amparo e guia.
E destina também, ó Pai celeste,
que a mão com que ela agora me abre os olhos
seja a que há de fechar-mos algum dia!
2 comentários:
Seu blog é um show, muito instrutivo e belo.
Obeigada
Boa noite Maria José Speglich! Muito obrigada pela visita ao blog e pelo comentário. Bem haja!
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