Amar é fazer o ninho,
Que duas almas contém,
Ter medo de estar sozinho,
Dizer com lágrimas: vem,
Flor, querida, noiva, esposa…
Cabemos na mesma lousa…
Julieta, eu seu Romeu:
Correr, gritar: onde vamos?
Que luz! que cheiro! onde estamos?
E ouvir uma voz: no céu!
Vagar em campos floridos
Que a terra mesma não tem;
Chegamos loucos, perdidos
Onde não chega ninguém…
E, ao pé de correntes calmas,
Que espelham virentes palmas,
Dizer-te: senta-te aqui;
E além, na margem sombria,
Ver uma corça bravia,
Pasmada olhando pra ti!
Tobias Barreto de Menezes, 1879
Filósofo e poeta brasileiro, Tobias Barreto de Meneses nasceu a 7 de junho de 1839, em Campos, e morreu a 26 de junho de 1889, no Recife.
Entrou para o Seminário da Baía, mas abandonou-o no mesmo dia em que entrou. Frequentou, então, o curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, tendo-o terminado em 1869 e começado a exercer a profissão de advogado. Exerceu depois o magistério na Faculdade onde se formara.
É influenciado por Haeckel, Eduardo Hartmann, Shopenhauer e por Kant, de quem recebe a ideia de que a filosofia se deve debruçar sobre a teoria do conhecimento, particularmente no que diz respeito à ciência, quer dizer, a filosofia seria sobretudo uma metafísica, mas entendida no sentido estrito de que se ocuparia da fundamentação das diferentes ciências.
Tobias Barreto é o iniciador do movimento filosófico brasileiro conhecido pelo nome de culturalismo, que se viria a desenvolver amplamente. O culturalismo era, inicialmente, um movimento que pretendia estudar filosoficamente o homem, sobretudo nas áreas da moral e do direito.
Mais tarde, já sem Tobias Barreto, este movimento sofreu uma inflexão no sentido da sociologia opondo-se à ideia de que a física newtoniana lhe poderia servir de modelo.
Como poeta, Tobias Barreto é considerado um dos representantes do condoreirismo, que é um movimento poético político surgido no Recife na década de sessenta do século XIX, que se caracteriza pelo seu patriotismo romântico que defendia ideais como a igualdade e a abolição da escravatura. (Daqui)
Adolphe Jourdan, A Mother's Embrace, 1889
"Viva de forma que quando os seus filhos pensarem em justiça, carinho, e integridade, pensam em si."
"Viva de forma que quando os seus filhos pensarem em justiça, carinho, e integridade, pensam em si."
Adolphe Jourdan (French, 1825‐1889), Maternal affection, c.1860
"Beije sempre os seus filhos quando deseja boa noite, mesmo que eles já estejam a dormir."
(H. Jackson Brown Jr.)
"Beije sempre os seus filhos quando deseja boa noite, mesmo que eles já estejam a dormir."
(H. Jackson Brown Jr.)
2 comentários:
Bigado ;-;💙
salvou vlw
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