Paul Cornoyer (American painter, 1864-1923), Winter in New York, 1901
Indução
Há em todas as coisas
a marca estranha
da minha presença.
Sons, palavras, imagens,
tudo eu desfiguro e torno falso.
As pessoas, à minha volta,
deslizam vagamente como sonâmbulos
- fantoches ocos de lenda...
Os sons,
se logram atravessar portas e janelas,
partem-se
no lajedo frio dos meus olhos.
Vai-se o sol
Onde o meu pensamento das trevas se poisa.
Indução
Há em todas as coisas
a marca estranha
da minha presença.
Sons, palavras, imagens,
tudo eu desfiguro e torno falso.
As pessoas, à minha volta,
deslizam vagamente como sonâmbulos
- fantoches ocos de lenda...
Os sons,
se logram atravessar portas e janelas,
partem-se
no lajedo frio dos meus olhos.
Vai-se o sol
Onde o meu pensamento das trevas se poisa.
in 'Relevos' (Coimbra, 1937)
Paul Cornoyer, "After the Rain, Gloucester", c. 1920, oil on canvas,
Widener University Collection.
“Nesses tempos de céus de cinzas e chumbos, nós precisamos de árvores desesperadamente verdes.”
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