Vasily Perov, Old Parents Visiting the Grave of Their Son, 1874
Finados
Dobram os sinos... Quanta tristeza
Quanta saudade vinda do Além!...
Até parece que a Natureza
De pura mágoa chora também!
Caem dos ares, lá derramadas,
Lágrimas tristes por sobre a terra;
Pérolas d'alma cristalizadas
Enchem o campo, cobrem a terra.
Quem sabe? — almas, que Além partiram,
Neste momento lá chorarão?...
Outras que em vida dores curtiram,
A paz eterna já fruirão?...
Cobrem-se os campos de tantas flores...
Lágrimas correm por tantos lares
Abrem saudades que avivam amores...
Morrem sorrisos, nascem pesares...
E as almas idas pedem aos vivos
Por sobre as campas deixem cair
Dos rosários os lenitivos
Que — Ave-Maria lhes faz sentir!
Aos Céus piedosos todos mandemos
Preces ungidas de fé bendita;
Murcham as flores... mas nós teremos
Nas flores d'alma vida infinita!
2 Novembro de 1925
Finados
Dobram os sinos... Quanta tristeza
Quanta saudade vinda do Além!...
Até parece que a Natureza
De pura mágoa chora também!
Caem dos ares, lá derramadas,
Lágrimas tristes por sobre a terra;
Pérolas d'alma cristalizadas
Enchem o campo, cobrem a terra.
Quem sabe? — almas, que Além partiram,
Neste momento lá chorarão?...
Outras que em vida dores curtiram,
A paz eterna já fruirão?...
Cobrem-se os campos de tantas flores...
Lágrimas correm por tantos lares
Abrem saudades que avivam amores...
Morrem sorrisos, nascem pesares...
E as almas idas pedem aos vivos
Por sobre as campas deixem cair
Dos rosários os lenitivos
Que — Ave-Maria lhes faz sentir!
Aos Céus piedosos todos mandemos
Preces ungidas de fé bendita;
Murcham as flores... mas nós teremos
Nas flores d'alma vida infinita!
2 Novembro de 1925
Sem comentários:
Enviar um comentário