Paula Rego, O Amor, 1995, Pastel sobre papel montado em alumínio, 120 x 160 cm
Palavras para a minha mãe
mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
Escritor português, José Luís Peixoto nascido em setembro de 1974, em Galveias, Portalegre, notabilizou-se a partir de 2001, ano em que ganhou o Prémio Literário José Saramago graças ao romance Nenhum Olhar.
José Luís Peixoto licenciou-se, na Universidade Nova de Lisboa, em Línguas e Literaturas Modernas, na variante de Inglês e Alemão. Mais tarde, veio a ser professor de Inglês.
Aos 23 anos, o escritor ganhou o Prémio Jovens Criadores 97 da área de literatura, atribuído pelo Instituto Português da Juventude, com a obra de ficção Morreste-me, dedicada ao seu pai. Esta obra, de pequeno formato, viria a ser publicada no ano 2000 em edição de autor. Ainda neste ano, José Luís Peixoto lançou o romance Nenhum Olhar, com o qual ganhou o prestigiado Prémio Literário Saramago 2001, da Fundação Círculo de Leitores, destinado a jovens autores. Entretanto voltou a conquistar o Prémio Jovens Criadores em 1998 e 2000.
O escritor tanto se dedica à prosa como à poesia e nesta ultima área teve a sua primeira obra publicada em 2001, com o título A Criança em Ruínas. No ano seguinte, conjugou a nível criativo as duas áreas e lançou, em simultâneo, o romance Uma Casa na Escuridão e o livro de poesia A Casa, a Escuridão.
No ano seguinte, explorou uma nova área ao colaborar num projeto com o grupo português de heavy-metal Moonspell. Enquanto a banda lançava o álbum Antidote, o escritor apresentava o livro de contos Antídoto, inspirado nas músicas do disco.
Em 2006, regressou ao romance, com a edição de Cemitério de Pianos.
A obra literária de José Luís Peixoto já foi publicada em países como Bielorrússia, Brasil, Bulgária, Croácia, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, República Checa e Turquia.
José Luís Peixoto escreve regularmente para diversos órgãos de comunicação social estrangeiros e portugueses, nomeadamente para o Jornal de Letras, Artes e Ideias.
Paralelamente à criação literária também experimentou outras áreas, tendo escrito em 2005 as peças de teatro Anathema, que estreou em França no Theatre de la Bastille, de Paris, e À Manhã, estreada no Teatro São Luís. Dois anos mais tarde, de novo no São Luís, estreou a peça Quando o Inverno Chegar.
José Luís Peixoto. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult. 2014-05-03].
Paula Rego, A Prova, 1989
Dia das Mães
Mãe é o ser do sexo feminino que gera uma vida em seu útero como consequência de fertilização ou que adota uma criança ou filhote, que por alguma razão não pode ficar com seus pais. É também o equivalente feminino do pai. A fertilização de óvulos humanos femininos ocorrida in vitro, em laboratórios ou hospitais, na modernidade, estendeu as considerações milenares sobre a maternidade.
Mãe também é, para todos os efeitos, aquela pessoa do sexo feminino que adota, cria, e cuida de uma criança gerada por outrem. Encontra-se com frequência casos em que uma mãe desempenha o papel de mãe e de pai em simultâneo, e outros casos (mais raros) em que o pai cumpre o papel de pai e de mãe. Já outras famílias são compostas por duas mães ou por dois pais. Em certos casos a comunidade, o Estado, ou até mesmo outras crianças procuram fazer o papel de mãe na vida de certas crianças ou adolescentes.
Em sua homenagem, todos os anos, no segundo domingo do mês de maio (no Brasil) ou no primeiro domingo de Maio (em Portugal), é celebrada uma homenagem às mães, conhecida por Dia das mães.
O Dia das Mães também designado de Dia da Mãe é uma data comemorativa em que se homenageia a mãe e a maternidade. Em alguns países é comemorado no segundo domingo do mês de maio (como no Brasil). Em Portugal é comemorado no primeiro domingo do mês de maio.
Mãe também é, para todos os efeitos, aquela pessoa do sexo feminino que adota, cria, e cuida de uma criança gerada por outrem. Encontra-se com frequência casos em que uma mãe desempenha o papel de mãe e de pai em simultâneo, e outros casos (mais raros) em que o pai cumpre o papel de pai e de mãe. Já outras famílias são compostas por duas mães ou por dois pais. Em certos casos a comunidade, o Estado, ou até mesmo outras crianças procuram fazer o papel de mãe na vida de certas crianças ou adolescentes.
Em sua homenagem, todos os anos, no segundo domingo do mês de maio (no Brasil) ou no primeiro domingo de Maio (em Portugal), é celebrada uma homenagem às mães, conhecida por Dia das mães.
O Dia das Mães também designado de Dia da Mãe é uma data comemorativa em que se homenageia a mãe e a maternidade. Em alguns países é comemorado no segundo domingo do mês de maio (como no Brasil). Em Portugal é comemorado no primeiro domingo do mês de maio.
Proclamação do Dia das Mães
(Thomas Woodrow Wilson, 09.05.1914)
(Thomas Woodrow Wilson, 09.05.1914)
Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada pela ativista Ann Maria Reeves Jarvis que organizou em 1865 os Mother's Friendship Days (dias de amizade para as mães) para melhorar as condições dos feridos na Guerra de Secessão que assolou os Estados Unidos no período. Mais cedo, em 1858, Jarvis fundou os Mothers Days Works Clubs com o objetivo de diminuir a mortalidade de crianças em famílias de trabalhadores. Em 1870 a escritora Julia Ward Howe (autora de O Hino de Batalha da República) publicou o manifesto Mother's Day Proclamation pedindo paz e desarmamento depois da Guerra de Secessão.
Mas reconhecida como idealizadora do Dia das Mães na sua forma atual é a metodista Anna Jarvis, filha de Ann Maria Reeves Jarvis, que em 12 de maio de 1907, dois anos após a morte de sua mãe, criou um memorial à sua mãe e iniciou um campanha para que o Dia das Mães fosse um feriado reconhecido. Ela obteve sucesso ao torná-lo reconhecido nos Estados Unidos em 8 de maio de 1914 quando a resolução Joint Resolution Designating the Second Sunday in May as Mother's Day foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos instalando o segundo domingo do mês de maio como Dia das Mães. No âmbito desta resolução o Presidente dos Estados Unidos Thomas Woodrow Wilson proclamou no dia seguinte que no Dia das Mães os edifícios públicos devem ser decorados com bandeiras. Assim, o Dia das Mães foi celebrado pela primeira vez em 9 de maio de 1914.
Com a crescente difusão e comercialização do Dia das Mães, Anna Jarvis afastou-se do movimento, lamentou a criação e lutou para a abolição do feriado.
No Brasil, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.
Em Portugal, o Dia da Mãe é celebrado no primeiro domingo de Maio, embora durante muitos anos tivesse sido comemorado no dia 8 de Dezembro, dia da Nossa Senhora da Conceição.
Paula Rego, A Família, 1988
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