Esta Palavra Saudade
Junto de um catre vil, grosseiro e feio,
por uma noite de luar saudoso,
Camões, pendida a fronte sobre o seio,
cisma, embebido num pesar lutuoso...
Eis que na rua um cântico amoroso
subitâneo se ouviu da noite em meio:
Já se abrem as adufas com receio...
Noites de amores! Que trovar mimoso!
Camões acorda e à gelosia assoma;
e aquele canto, como um antigo aroma,
ressuscita-lhe os risos do passado.
Viu-se moço e feliz, e ah! nesse instante,
no azul viu perpassar, claro e distante,
de Natércia gentil o vulto amado...
Junto de um catre vil, grosseiro e feio,
por uma noite de luar saudoso,
Camões, pendida a fronte sobre o seio,
cisma, embebido num pesar lutuoso...
Eis que na rua um cântico amoroso
subitâneo se ouviu da noite em meio:
Já se abrem as adufas com receio...
Noites de amores! Que trovar mimoso!
Camões acorda e à gelosia assoma;
e aquele canto, como um antigo aroma,
ressuscita-lhe os risos do passado.
Viu-se moço e feliz, e ah! nesse instante,
no azul viu perpassar, claro e distante,
de Natércia gentil o vulto amado...
Galeria de Francesco Hayez
Francesco Hayez, Autorretrato, 1862
Francesco Hayez (Veneza, 10 de Fevereiro de 1791 — Milão, 21 de Dezembro de 1882) foi um pintor italiano, considerado o máximo expoente do romanticismo histórico. Originário de uma família humilde, o pai Giovanni, era de origem francesa, embora sua mãe, Chiara Torcella, ser natural de Murano.
O pequeno Francesco, último de cinco filhos, foi afilhado por uma tia materna que havia casado com Giovanni Binasco, armador e comerciante de arte, proprietário de uma discreta colecção de pintura. Já de pequeno mostrou predisposição pelo desenho, por isso seu tio confiou a um restaurador para que lhe ensinasse o ofício. Posteriormente foi discípulo do pintor Francisco Magiotto, com quem permaneceu durante três anos. Fez o seu primeiro curso do nu em 1803 e em 1806 foi admitido nos cursos de pintura da Nova Academia de Belas Artes, onde foi discípulo de Theodore Matteini.
En 1809 ganhou um concurso da Academia de Veneza para ser aluno da Academia de San Luca próxima de Roma. Por isso, mudou-se para a capital italiana onde passou a ser discípulo de Canova que foi seu guia e protetor durante os anos que passou em Roma.
Ele permaneceu em Roma até 1814, quando mudou-se para Nápoles onde foi encarregado por Joachim Murat de pintar "Ulisses no tribunal de Alcinous".
Em 1850 foi designado para diretor da Academia di Brera.
O pequeno Francesco, último de cinco filhos, foi afilhado por uma tia materna que havia casado com Giovanni Binasco, armador e comerciante de arte, proprietário de uma discreta colecção de pintura. Já de pequeno mostrou predisposição pelo desenho, por isso seu tio confiou a um restaurador para que lhe ensinasse o ofício. Posteriormente foi discípulo do pintor Francisco Magiotto, com quem permaneceu durante três anos. Fez o seu primeiro curso do nu em 1803 e em 1806 foi admitido nos cursos de pintura da Nova Academia de Belas Artes, onde foi discípulo de Theodore Matteini.
En 1809 ganhou um concurso da Academia de Veneza para ser aluno da Academia de San Luca próxima de Roma. Por isso, mudou-se para a capital italiana onde passou a ser discípulo de Canova que foi seu guia e protetor durante os anos que passou em Roma.
Ele permaneceu em Roma até 1814, quando mudou-se para Nápoles onde foi encarregado por Joachim Murat de pintar "Ulisses no tribunal de Alcinous".
Em 1850 foi designado para diretor da Academia di Brera.
s.m. Italianismo utilizado por Stendhal (1823) para designar o movimento romântico, antes de consagrar-se o termo romantismo.
Romantismo exagerado.Francesco Hayez, María Magdalena (1825)
Francesco Hayez, Reclining Odalisque (1839)
Francesco Hayez, Odalisque (1867)
Jarro de flores sobre a Janela de um harém (1881), de Francesco Hayez
As Tardes sicilianas de Francesco Hayez (Roma, Gall.Naz.d'Arte Moderna)
Conselho dos Dez assistindo à decapitação de Marino Faliero, quadro de Francesco Hayez.
"Os homens só se compreendem uns aos outros na medida em que os animam as mesmas paixões."
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