Nas ruas de Lisboa
Veio avisar
Veio com rosto
de sombra:
morrerá um poeta
nas ruas de Lisboa.
Chove muito,
a chuva lavará
o seu cadáver.
Alguém dirá
o seu nome
alguém lhe fechará
os olhos
que ele desejava
abertos
sobre o mar
Y. K. Centeno
Canções do Rio Profundo
Porto, Edições ASA, 2002
Guilherme Parente, A viagem na minha terra II
"Eu vivi tanto
que me parece tão pouco. E hei de morrer
desesperado por não ter vivido."
Jorge de Sena
(1919-1978)
"Eu vivi tanto
que me parece tão pouco. E hei de morrer
desesperado por não ter vivido."
Jorge de Sena
(1919-1978)
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