Winslow Homer, The Woodcutter, 1891
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=290933 © Luso-Poemas
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=290933 © Luso-Poemas
XXXV
Quando eu morrer e no frescor da lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixai-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhuma de vós!
Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que linda a eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...
Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas...
E um dia há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...
Da casa nova me quedar a sós,
Deixai-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhuma de vós!
Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que linda a eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...
Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas...
E um dia há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...
Mário Quintana (1906-1994), In: Poesia completa, Ed. Nova Aguillar, 2005, p. 121.
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=290933 © Luso-Poemas
Quando eu morrer e no frescor da lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixai-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhuma de vós!
Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que linda a eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...
Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas...
E um dia há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...
Da casa nova me quedar a sós,
Deixai-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhuma de vós!
Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que linda a eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...
Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas...
E um dia há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...
Mário Quintana (1906-1994), In: Poesia completa, Ed. Nova Aguillar, 2005, p. 121.
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=290933 © Luso-Poemas
XXXV
Quando eu morrer e no frescor de lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixai-me em paz na minha quieta rua…
Nada mais quero com nenhum de vós!
Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão…
Que lindo a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!…
Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas…
E um dia a morte há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto…
Mário Quintana (1906-1994), In: Poesia completa, Ed. Nova Aguillar, 2005, p. 121.
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=290933 © Luso-Poemas
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=290933 © Luso-Poemas
Mário Quintana,
A Rua dos Cataventos, 1940
Sem comentários:
Enviar um comentário