A Arte
«Mas Gorjão ultimamente desprezava todas essas ideias: achava-as imorais. A arte, segundo ele, devia educar pela representação das acções justas - e não pela exposição de luxos corruptores (...).
Vítor encontrou-o desenhando à luz de um candeeiro de petróleo, coberto com um abat-jour verde, que fazia cair uma luz crua sobre uma larga folha de papel, riscado de grossos traços confusos de craião (...).
A arte não era senão isto - uma força da natureza: e como tal devia ser aproveitada em proveito da civilização (...).
A arte deve ser essencialmente revolucionária. Um quadro deve ser um livro: deve ser um panfleto: deve ser um artigo de jornal. E tudo isto meu amigo, num processo de pintura novo: nada do acabado, do estudado, do amaneirado, do trabalhado da pintura de luxo, da decoração. Não, não. A pintura não é nada - a ideia é tudo. Traços largos, sombras indicadas, tons sóbrios, que dêem a impressão exata da realidade. Pif, paf - e dava grandes pinceladas no ar - a expressão! A expressão é tudo! Com três borrões de tinta pinto-te um agiota».
Eça de Queirós, in Tragédia da Rua das Flores, c. 1878 (ed. 1980).
Galeria de Frederick Leighton
Frederic Leighton, Self-Portrait, 1880
Frederic Leighton, (03 de dezembro de 1830 - 25 de Janeiro de 1896), conhecido como Sir Frederic Leighton, foi um famoso pintor e escultor Inglês que retratou obras bíblicas, temas históricos e grandes clássicos, entre outros.
Frederic Leighton nasceu em Scarborough e foi educado na University College School, de Londres. Aos 24 anos foi estudar para a Accademia di Belle Arti na Florença. Entre 1855 e 1859, em Paris, conheceu Ingres, Delacroix, Corot e Millet. Em 1860 mudou-se para Londres, associando-se aos pré-rafaelitas. Em 1864 tornou-se um associado da Royal Academy e em 1878 tornou-se seu presidente. Em 1896, Frederic Leighton foi o primeiro pintor a receber um título de nobreza tornando-o Barão de Stretton em Shropshire, mas no dia seguinte morreu de angina de peito. Frederic Leighton, além de ser a principal figura na arte Inglesa, na segunda metade do século XIX, foi um dos maiores ingleses do seu tempo. Ele era um homem de princípios, inteligente, com grande capacidade para o trabalho, amigo solidário com a comunidade judaica na Inglaterra, um excelente pianista e cantor. Ele era um homem elegante, um linguista, que falou pelo menos cinco línguas fluentemente. Sua generosidade de espírito foi amplamente reconhecida. Suas pinturas representaram a Grã-Bretanha na grande Exposição de Paris de 1900.
Sua casa em Holland Park, em Londres, foi transformada num museu, a Leighton House Museum.
Frederic Leighton, Flaming June, 1895; Museo de Arte de Ponce
"Flaming June", uma das obras mais famosas de Leighton,
foi exibida na Royal Academy em 1895, apenas um ano antes de sua morte.
Frederic Leighton, Odalisque, 1862
Frederick Leighton, Jonathans token to David, c. 1868
Frederick Leighton, Daedalus and Icarus, c. 1869
Frederick Leighton, Daedalus and Icarus, c. 1869
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