Émile Munier, Mother and Child, 1892
Os cinco dedos da mão
Nós temos em cada mão
Cinco dedos desiguais:
um maior dois mais pequenos
E outros dois ainda mais.
É vê-los em seu trabalho
Que harmonia e perfeição!
Mexe um? logo os outros todos
O seu auxílio lhe dão.
E quando o indicador
Mostra aos outros o caminho,
- Vamos – diz o pai de todos,
E lá vai tudo unidinho
Mais fidalgo, o anelar
Quase sempre anda enfeitado.
Mas ai do pobre meiminho,
Se não lhe andasse encostado!
Porém o mais cuidadoso
É o dedo polegar.
Nada os outros fazem, nada,
Que os não vá logo ajudar.
- Mas, porque razão, (pergunta
A Laurinha um dia à mãe)
Sendo todos tão diferentes,
Se dão entre si tão bem?
- Minha filha, diz-lhe a mãe,
É para nos ensinar
Que uns aos outros, neste mundo,
Nos devemos ajudar.
E que bem feliz seria
Certamente a humanidade
Se por toda a gente fosse
Praticada esta verdade.
(Extraído do livro de Leitura da 3ª classe de 1950)
"Aprecio muito a educação dos bons conventos, mas ainda dou mais valor à de uma boa mãe quando esta pode livremente entregar-se à sua missão." - François Fénelon
Sem comentários:
Enviar um comentário