Édouard Manet (French modernist painter, 1832–1883), Music in the Tuileries, 1862,
Hugh Lane Gallery, Dublin.Para alguém que toca
Não pares essa música isolada
Que, como brisa, por mim vem passar
Perdida na calma do anoitecer,
Melodia só a meio escutada
Tal como o som do imenso mar
Que, no movimento, encontra prazer.
Pois em teu ritmo suave e repetido,
Tu, nessa canção em metro desigual,
Em mim acordas a espiritualidade,
Num alargar e morrer do sentido
Que aparece à consciência natural,
Como para o Tempo a Eternidade.
Alexander Search, in "Poesia", 1999.
Sem comentários:
Enviar um comentário