Portrait of a Lady with lace collar, 1928.
Fotografia
Quando a minha mãe posou
para este que foi seu único retrato,
mal consentiu em ter as têmporas curvas.
Contudo, há um desejo de beleza no seu rosto
que uma doutrina dura fez contido.
A boca é conspícua,
mas as orelhas se mostram.
O vestido é preto e fechado.
O temor de Deus circunda seu semblante,
como cadeia. Luminosa. Mas cadeia.
Seria um retrato triste
se não visse em seus olhos um jardim.
Não daqui. Mas jardim.
Adélia Prado, in 'O coração disparado', 1977.
Quando a minha mãe posou
para este que foi seu único retrato,
mal consentiu em ter as têmporas curvas.
Contudo, há um desejo de beleza no seu rosto
que uma doutrina dura fez contido.
A boca é conspícua,
mas as orelhas se mostram.
O vestido é preto e fechado.
O temor de Deus circunda seu semblante,
como cadeia. Luminosa. Mas cadeia.
Seria um retrato triste
se não visse em seus olhos um jardim.
Não daqui. Mas jardim.
Adélia Prado, in 'O coração disparado', 1977.
Giovanni Boldini (Italian painter, 1842–1931), Lina Cavalieri, c. 1901.
Oil on canvas. Private collection.
"Preto e branco são as cores da fotografia. Para mim, eles simbolizam as alternativas de esperança e desespero às quais a humanidade está sempre sujeita."
"Black and white are the colors of photography. To me they symbolize the alternatives of hope and despair to which mankind is forever subjected."
Robert Frank in Mabou, September, 2014
Robert Frank, fotógrafo suíço, nascido em 1924, em Zurique, iniciou a sua aprendizagem da arte fotográfica naquela cidade (1940-1942). Em 1947 instalou-se em Nova Iorque onde colaborou como fotojornalista e fotógrafo de moda com revistas como a Life, Look e Harper's Bazaar.
Entre 1948 e 1952 viajou pela América Latina e Europa, onde se viu confrontado com realidades sociais diferentes, que abordou nas suas imagens fotográficas de uma maneira subjetiva.
Uma bolsa da Fundação Guggenheim permitiu-lhe viajar pelos Estados Unidos da América, experiência de que resultou a sua obra The Americans (1958). Esta obra tinha prefácio do escritor Jack Kerouac, um ícone da Beat Generation americana, movimento que influenciou profundamente Robert Frank.
Depois de uma breve passagem pelo cinema experimental, entre os anos 60 e 70 dedica-se à fotomontagem realizada por uma técnica de fotografia instantânea (Polaroid).
Robert Frank, um dos mais influentes fotógrafos de sempre, morreu em 2019 em Inverness, Nova Escócia, Canadá, onde vivia há décadas com a sua mulher, June Leaf. Tinha 94 anos. (daqui)
Uma bolsa da Fundação Guggenheim permitiu-lhe viajar pelos Estados Unidos da América, experiência de que resultou a sua obra The Americans (1958). Esta obra tinha prefácio do escritor Jack Kerouac, um ícone da Beat Generation americana, movimento que influenciou profundamente Robert Frank.
Depois de uma breve passagem pelo cinema experimental, entre os anos 60 e 70 dedica-se à fotomontagem realizada por uma técnica de fotografia instantânea (Polaroid).
Robert Frank, um dos mais influentes fotógrafos de sempre, morreu em 2019 em Inverness, Nova Escócia, Canadá, onde vivia há décadas com a sua mulher, June Leaf. Tinha 94 anos. (daqui)

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