- "Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido." - Arthur Lewis
"Educai as crianças e não será preciso punir os homens." (Pitágoras - filósofo e matemático grego)
terça-feira, 29 de novembro de 2011
"Análise" - Poema de Fernando Pessoa
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
"Adeus" - Poema de Eugénio de Andrade
"Gosto quando te calas" - Poema de Pablo Neruda
e me escutas de longe; minha voz não te toca.
É como se tivessem esses teus olhos voado,
como se houvesse um beijo lacrado a tua boca.
Como as coisas estão repletas de minha alma,
repleta de minha alma, das coisas te irradias.
Borboleta de sonho, és igual à minha alma,
e te assemelhas à palavra melancolia.
Gosto quando te calas e estás como distante.
Como se te queixasses, borboleta em arrulho.
E me escutas de longe. Minha voz não te alcança.
Deixa-me que me cale com teu silêncio puro.
Deixa-me que te fale também com teu silêncio
claro qual uma lâmpada, simples como um anel.
Tu és igual a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão remoto e singelo.
Gosto quando te calas porque estás como ausente.
Distante e triste como se tivesses morrido.
Uma palavra então e um sorriso bastam.
E estou alegre, alegre por não ter sido isso.
domingo, 27 de novembro de 2011
"Não és tu" - Poema de Almeida Garrett
"Resgate" - Poema de Pedro Homem de Mello
sábado, 26 de novembro de 2011
"Ode à Poesia" - Poema de Miguel Torga
"Poema do Silêncio" - José Régio
"Intimidade" - Poema de José Saramago
"Livro de Horas" - Poema de Miguel Torga
"Deslumbramentos" - Poema de Cesário Verde
Ana de Áustria ou Ana da Espanha (Valladolid, 22 de setembro de 1601 – Paris, 20 de janeiro de 1666), foi a esposa do rei Luís XIII e Rainha Consorte da França e Navarra de 1615 até 1643, além de regente durante a menoridade de seu filho Luís XIV, entre 1643 e 1651. Era filha do rei Filipe III de Espanha com de sua esposa a arquiduquesa Margarida da Áustria.
Nascida no Palácio de Benavente, em Valladolid, Espanha, foi batizada como Ana Maria Maurícia. Era Infanta de Espanha e de Portugal, Arquiduquesa da Áustria, Princesa de Borgonha e dos Países Baixos.
Aos 10 anos, ficou noiva do futuro rei Luís XIII de França, filho de Henrique IV. Aos 14 anos, casou-se por procuração em Burgos, no dia 24 de novembro de 1615. Enquanto os espanhóis entregavam Ana para casar-se com Luís XIII, os franceses por sua vez entregavam Isabel de França, irmã de Luís XIII, para casar-se com Felipe IV de Espanha, irmão de Ana de Áustria. Este duplo casamento era uma prenda de paz e amizade entre a Espanha e França. Entretanto as duas princesas tiveram de renunciar aos seus direitos à coroa.
Luís XIII nomeou o Cardeal de Richelieu seu conselheiro. A política externa de Richelieu baseava-se na luta contra os Habsburgos, o que causou tensão entre o rei e a rainha, que permaneceu sem filhos por mais dezesseis anos. Entretanto, Luís XIII dependia cada vez mais de Richelieu, que em 1624 era já seu primeiro-ministro.
Alta, bonita, devota, teimosa, e de pouca cultura, Ana recebeu do marido provas de pouca afeição. Teria sido cortejada pelo Duque de Buckingham, o que custou a este a expulsão de França e a aversão de Luís XIII e de Richelieu. Sob a influência da Duquesa de Chevreuse, a rainha envolveu-se em várias intrigas contra as políticas de Richelieu e foi acusada de participar na conspiração do Duque de Chalais e na conspiração do amante de Luís XIII, Cinq Mars. Em 1635, a França declarou guerra à Espanha, colocando a rainha em uma posição insustentável. Ana correspondia-se em segredo com seu irmão Filipe IV de Espanha. Em 1637, tornou-se suspeita de traição, e Richelieu passou a verificar toda a sua correspondência. A Duquesa de Chevreuse foi exilada e a rainha foi mantida sob constante vigilância. Richelieu mandava espioná-la e falava constantemente mal dela ao rei.
Foi regente em 1643, obtendo do Parlamento cassar o testamento do marido, que limitava seus poderes. Morto em 1642 Richelieu, ela entregou o poder como Primeiro Ministro a Jules Mazarin, cardeal Giulio Mazarino, que se tornou seu favorito, no difícil período da Fronda. Quando terminou a Fronda parlamentar, em 11 de março de 1649, em Rueil, Ana e Mazarino concluíram a paz com o Presidente do Parlamento de Paris, Mathieu Molé.
Na época da monarquia, os magistrados exerciam a justiça, tendo também por missão registar os editos reais. Em 1648, Ana governava como regente por ser mãe do jovem rei Luís XIV, uma criança de nove anos, e se beneficiava dos úteis conselhos do Cardeal. O país teve guerras externas contra os Habsburgos, que forçaram ao aumento dos impostos. Bastou isso para que os privilegiados se rebelassem. Em 13 de maio de 1648, o Parlamento de Paris convidou seus colegas provinciais a reformar o que estimava serem abusos do Estado. Ana fingiu submeter-se, depois mandou prender o chefe dos rebeldes, como se conhecia, os frondeurs, que era o popular Pierre Broussel. Paris se levantou em armas, o conselheiro teve que ser libertado.
Tendo a França ganhado a guerra, assinado o Tratado de Vestfália, Mazarino e a Regente decidiram dar fim à Fronda. Em 5 de janeiro de 1649, com o jovem rei, fixaram residência em Saint-Germain-en-Laye enquanto o exército real, comandado pelo príncipe de Condé, apelidado le Grand Condé, sitiava Paris. Os parlamentares, que detinham muitos privilégios graças à monarquia, não tinham vontade de uma revolução. Preferiram entregar as armas, apesar do ódio que tinham ao estrangeiro italiano, Mazarino.
O Cardeal e a Regente lutaram depois contra a Fronta dos
Príncipes, mais violenta mas atrapalhada. Depois de ter tomado o partido
do rei contra os parlamentares Condé, o antigo vencedor de Rocroi, descontente porque Mazarino se mantinha no poder, intrigará com outros grandes aristocratas: seu irmão, o Príncipe de Conti,
o duque e a duquesa de Longueville, o Cardeal de Retz. Preso, Condé foi
detido em Vincennes por 13 meses. Diante da anarquia célere, Ana se
resignou a libertá-lo, fingiu separar-se de Mazarino. Condé tomou a
chefia da Fronda. Combateu na rua de Santo António (o faubourg
Saint-Antoine) em 12 de julho de 1652 contra seu eterno rival, Turenne,
que voltara ao partido do rei. Entrou mesmo em Paris, mas sua falta de
habilidade, sua aliança com os espanhóis, causarão a derrota de seus
partidários e ao retorno de Mazarino. Luís XIV poderá penetrar então em
sua capital. Lembrando seus temores de menino, guardará rancor contra os
parisienses e mais tarde escolherá abandonar o palácio do Louvre, residência da corte há quatro séculos, e construir um novo palácio em Versailles.
A monarquia francesa sairá mais forte das provas da Fronda, enquanto a Inglaterra experimentará a República depois de ter executado seu rei Carlos I. A França evoluirá para uma monarquia absoluta e a Inglaterra para uma monarquia constitucional.
(Daqui)
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
"Pergunta" - Poema de Fernando Namora
Pergunta
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
"Noites de minha terra" - Poema de Florbela Espanca
"Aldeia" - Poema de Manuel da Fonseca
Aldeia
Nove casas,
duas ruas,
ao meio das ruas
um largo,
ao meio do largo
um poço de água fria.
Tudo isto tão parado
e o céu tão baixo
que quando alguém grita para longe
um nome familiar,
se assustam pombos bravos
e acordam ecos no descampado.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
"Não diga tudo o que sabe" - Sabedoria popular
"Onde o mar falta" - Poema de Octávio Mora
Onde o mar falta
Entreabertas as pernas, e pousada
de leve, sobre os ombros, a cabeça,
parecias às vezes, derramada
no fundo, mais espessa.
E eras líquida: vias, através
de tua própria sombra transparente
a luminosidade dos teus pés,
alados. Porque ausente.
Jamais dizias nada. Sempre tinhas
entre os lábios, a voz silenciosa
dos que voltam. Onda após onda, vinhas
(e vens) misteriosa.
Desde a profundidade, do mar. Brusco
nas suas reações, onde o mar falta
sob as ondas, aí, aí te busco —
e és, como as ondas, alta.
Quando olho o horizonte: quando tudo
se dissolve em si mesmo e, onda após
onda, me calo. Vejo, e estou mudo.
O mar na tua voz.
Porque vias o mar (tinhas o mar
no olhar) fechando os olhos. E defronte
o víamos surgir. Bastava olhar,
que tudo era horizonte.
Octávio Mora, in 'Terra Imóvel'
"O tempo é teu capital; tens de o saber utilizar. Perder tempo é estragar a vida."
(Franz Kafka)