Anna Ancher (Danish artist associated with the Skagen Painters, 1859–1935),
The pear tree in Ancher's front garden, autumn, Unknown date.
Voz do Outono
Ouve tu, meu cansado coração,
O que te diz a voz da Natureza:
- "Mais te valera, nu e sem defesa,
Ter nascido em aspérrima solidão,
Ter gemido, ainda infante, sobre o chão
Frio e cruel da mais cruel devesa,
Do que embalar-te a Fada da Beleza,
Como embalou, no berço da Ilusão!
Mais valera à tua alma visionária
Silenciosa e triste ter passado
Por entre o mundo hostil e a turba vária,
(Sem ver uma só flor, das mil, que amaste)
Com ódio e raiva e dor... que ter sonhado
Os sonhos ideais que tu sonhaste!" -
Antero de Quental, in Sonetos
The pear tree in Ancher's front garden, autumn, Unknown date.
Voz do Outono
Ouve tu, meu cansado coração,
O que te diz a voz da Natureza:
- "Mais te valera, nu e sem defesa,
Ter nascido em aspérrima solidão,
Ter gemido, ainda infante, sobre o chão
Frio e cruel da mais cruel devesa,
Do que embalar-te a Fada da Beleza,
Como embalou, no berço da Ilusão!
Mais valera à tua alma visionária
Silenciosa e triste ter passado
Por entre o mundo hostil e a turba vária,
(Sem ver uma só flor, das mil, que amaste)
Com ódio e raiva e dor... que ter sonhado
Os sonhos ideais que tu sonhaste!" -
Antero de Quental, in Sonetos
Anna Ancher (Danish artist associated with the Skagen Painters, 1859–1935),
Pear Tree in Front Yard, Unknown date.
Pear Tree in Front Yard, Unknown date.
Outono
Manhã de outono
o verde do mar
também amarela.
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