FUNDO DO MAR
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.
Sophia de Mello Breyner Andresen,
Obra Poética, Caminho
"O mar é a religião da Natureza."
(Fernando Pessoa)
"Dominámos outrora o mar físico, criando a civilização universal; dominemos agora o mar psíquico, a emoção, a mãe temperamento, criando a civilização intelectual."
(Fernando Pessoa)
"O homem é um microcosmo."
(Demócrito)
"A ignorância do bem é a causa do mal."
(Demócrito)
"O caráter de um homem faz o seu destino."
(Demócrito)
"A amizade de um único ser humano inteligente é melhor do que a amizade de todos os insensatos."
(Demócrito)
"O comer carne é a sobrevivência da maior brutalidade; a mudança para o vegetarianismo é a primeira consequência natural da iluminação."
(Leon Tolstoi)
"Um homem pode viver uma vida saudável sem ter que matar animais para comer; portanto, se ele come carne, participa do ato de tirar a vida de uma criatura meramente para saciar seu apetite. E agir dessa maneira é imoral."
(Leon Tolstoi)
"A nossa civilização é em grande parte responsável pelas nossas desgraças. Seríamos muito mais felizes se a abandonássemos e retornássemos às condições primitivas."
(Leon Tolstoi)
"Cães
amam seus amigos e mordem seus inimigos, bem diferente das pessoas, que
são incapazes de sentir amor puro e têm sempre que misturar amor e ódio
em suas relações."
(Sigmund Freud)
"Falai aos animais, em lugar de lhes bater."
(Leon Tolstoi)
"O animal é tão ou mais sábio do que o homem: conhece a medida da sua necessidade, enquanto o homem a ignora."
(Demócrito)
Biografia de Demócrito de Abdera (460 e 457 a.C)
Demócrito, filósofo grego, foi um dos fundadores do atomismo. Nasceu em Abdera entre 460 e 457 a.C., segundo Apolodoro, e morreu por volta de 370 a.C. Sabe-se que teve, portanto, uma vida longa e que viajou muito. Interessou-se por variadíssimos assuntos, entre os quais, a ética, a física, a matemática, a astronomia e a geografia. Escreveu uma vasta obra, da qual restam hoje apenas fragmentos; de salientar a obra Pequeno Sistema do Mundo.
A temática filosófica de Demócrito situa-se no âmbito da problemática eleata (uma das doutrinas de Parménides) acerca da negação do movimento, que ele tentou derrotar, afirmando o devir através do recurso a dois conceitos: o átomo e o vazio. Os átomos movem-se no vazio. Tudo no universo é constituído por átomos que se agregam, formando a pluralidade dos seres, devido à lei da atração que junta o semelhante ao semelhante. A diferença entre os indivíduos deve-se apenas à aglomeração dos átomos. Estes variam somente pela forma, pelo tamanhos e pela diferente posição que ocupam. O átomo é não só indestrutível, mas também imutável e por isso eterno, ou seja, não foi gerado nem desparecerá ou se transformará.
A imagem que nos suscita esta conceção é a de um grande turbilhão de átomos agregando-se, pela lei que faz com que o (átomo) semelhante atraia o (átomo) semelhante, e desagregando-se, pela lei da necessidade. Desta conceção de filosofia da natureza resulta para o homem um relativismo gnoseológico; visto que cada indivíduo é um composto diferente do outro, então, as suas sensações serão também elas diferentes, logo, relativas.
Demócrito defende, ainda, neste seu materialismo atomista, que a própria alma é composta pela mesma matéria que o corpo, com a única diferença de que os átomos da alma são mais subtis, são da matéria do fogo.
Demócrito de Abdera. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-02-25].
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