Surucuá-de-Barriga-Vermelha
DESEJAR SER – 10
Mosca dependurada na beira de um ralo
– Acho mais importante do que uma jóia pendente.
Os pequenos invólucros para múmias de passarinhos
que os antigos egípcios faziam
– Acho mais importante do que o sarcófago de Tutancâmon.
O homem que deixou a vida por se sentir um esgoto
– Acho mais importante do que uma Usina Nuclear.
Aliás, o cu de uma formiga é também muito mais
importante do que uma Usina Nuclear.
As coisas que não têm dimensões são muito importantes.
Assim, o pássaro tu-you-you é mais importante por seus
pronomes do que por seu tamanho de crescer.
É no ínfimo que eu vejo a exuberância.
MANOEL DE BARROS, Compêndio para uso dos pássaros
(Poesia reunida 1937-2004), Quasi Edições, 2007
Algumas aves do Pantanal
A garça-branca-grande
A garça-branca-grande (Casmerodius albus, sin. Ardea alba), também conhecida apenas como garça-branca, é uma ave da ordem Pelecaniformes.
Jaburu
O jaburu (Jabiru mycteria), também conhecido como tuiuiú, tuiuguaçu, tuiú-quarteleiro, tuiupara, rei-dos-tuinins, tuim-de-papo-vermelho (no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), cauauá (no Amazonas) e jabiru (na Região Sul do Brasil), é uma ave ciconiforme da família Ciconiidae. É considerada a ave-símbolo do Pantanal. Pode ser encontrada desde o México até o Uruguai, sendo que as maiores populações estão no Pantanal e no Chaco oriental, no Paraguai.
Chora-chuva-preto (Monasa nigrifrons), é conhecido também como Tanguru-pará e Bico-de-brasa. Apresenta 2 subespécies:
-Monasa nigrifrons nigrifrons. -Monasa nigrifrons canescens.
Periquito-rei, Pantanal
O periquito-rei (Aratinga aurea) é uma ave psittaciforme, das mais conhecidas e abundantes representantes da família Psittacidae no Brasil. Conhecido também como periquito-estrela, jandaia-estrela, aratinga-estrela, coquinho-de-ouro, jandaia, ararinha e maracanã-de-testa-amarela (Amapá).
Não é considerada ameaçada. Embora seja comum e muito abundante, já desapareceu de extensões grandes da Argentina, não obstante, em outras áreas a população delas aumentou, possivelmente devido ao cultivo. É frequente em cativeiro e amplamente comercializada.
Inhambu-chororó, Pantanal
O Inhambu-chororó (Crypturellus parvirostris), como todo tinamídeo, possui capacidade limitada de voar pela pequena envergadura das asas, mas é uma ave muito arisca. Do tupi vem o nome popular “Inhambú: de o que levanta o voo rumorejando”, devido ao comportamento de levantar voo somente em último caso, numa aproximação.
Tucano
Tucano (Ramphastos toco), ave da família Ramphastidae, vive nas florestas da América Central e América do Sul.
O ferreirinho-relógio
O ferreirinho-relógio (Todirostrum cinereum) é uma ave passeriforme da família Rhynchocyclidae que recebe este nome vulgar devido ao seu canto que lembra o ato de dar corda a um relógio.
Gralha Picaça (Cyanocorax chrysops)
A gralha-picaça é uma ave passeriforme da família Corvidae. Também conhecida como acaé, cancã, gralha, gralha-de-crista-negra, gralha-do-mato e uraca.
Papagaio-galego
O papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) é uma espécie de papagaio sul-americana, actualmente em risco crítico de extinção.
O papagaio-galego é endémico do Brasil e habita o cerrado, caatinga arbórea e zonas secas do estado de Minas Gerais e bacia do Rio São Francisco.
O adulto caracteriza-se pela plumagem verde-clara, com barriga e cabeça de cor amarela, e bico rosado. Estes papagaios medem entre 25-27 cm de comprimento e pesam em torno de 300 gramas. A sua alimentação é baseada em frutas locais e sementes. Na época de reprodução, o casal constrói um ninho num tronco oco onde a fêmea põe 1-2 ovos incubados ao longo de cerca de 28 dias.
O papagaio-galego não é timido e aprende a falar.
Gavião-do-banhado
O gavião-do-banhado ou tartaranhão-do-brejo (Circus buffoni) é é um gavião paludícola da família Accipitridae. Também conhecida como gavião-do-alagado, gavião-do-mangue e tartaranhão-do-brejo.
Ema (Rhea americana) com seus filhotes
NOME CIENTÍFICO: Rhea americanaCLASSE: Aves
ORDEM: Rheiformes
FAMÍLIA: Rheidae
FAMÍLIA: Rheidae
Comprimento: até 2m
Envergadura: 1,50m
Peso: até 36 kg
Plumagem: cinzento e castanho
Período de incubação: 39 a 42 dias
Número de filhotes: até 15 ovos (por fêmea)
A ema é uma ave corredora que vive nas planícies da América do Sul, do Brasil até o sul da Argentina, vive nas regiões campestres e cerrados. Embora possua grandes asas, ela não voa. Usa as asas para equilibrar-se e mudar de direção na corrida. Se faz muito calor, a ema dorme durante o dia e sai à noite para alimentar-se de insetos, roedores, répteis, capim e sementes. Bebe pouca água. Suas penas são usadas para decoração. Sua carne, embora muito mole, é comestível. É considerada a maior ave brasileira.
Em outubro, no começo da época de acasalamento, o macho reúne um harém de 5 ou 6 fêmeas, ecolhe um território e faz o ninho.
Em liberdade, as emas vivem em grupos mais ou menos grande. Na época do acasalamento, os noivos abrem as asas e dão os seus passos de dança. Também cantam à moda deles para as noivas (as notas do canto parecem roncos).
Quando o ninho está cheio de ovos, cerca de uma dúzia ou mais, ele afasta as fêmeas e começa a chocá-los. Os filhotes saem seis semanas depois e são cuidados pelo pai. Em dois anos estão adultos. Os ovos são brancos e pesam 600 gramas. Os que não vingam são colocados para fora do ninho e, ao quebrarem, atraem muitas moscas, cujas larvas, posteriormente, irão alimentar os filhotes.
Esta espécie é omnívora, ou seja, come de tudo: sementes, folhas, frutos, insetos, roedores, moluscos, terrestres e outros pequenos animais. Além disso, a Ema come muitas pedrinhas, que servem para facilitar a trituração dos alimentos. E, devido a este hábito, ela não resiste à tentação de engolir também outros objetos miúdos.
A ema está na lista dos animais que estão em perigo de extinção.
Arara-Azul
A arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), também chamada arara-jacinto, araraúna, arara-preta, araruna, ou simplesmente arara-azul é uma ave da família Psittacidae que vive nos biomas da Floresta Amazônica e principalmente no Cerrado e Pantanal.
“Eu via a natureza como quem a veste. Eu me fechava com espumas.”
(Manoel de Barros)
(Manoel de Barros)
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