Alfred Stevens (Belgian painter, 1823 – 1906), Jeune femme à l'ombrelle rouge
au bord de la mer, c.1885. Oil on canvas
Apresentação
Aqui está minha vida — esta areia tão clara
com desenhos de andar dedicados ao vento.
Aqui está minha voz — esta concha vazia,
sombra de som curtindo o seu próprio lamento.
Aqui está minha dor — este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança — este mar solitário,
que de um lado era amor e, do outro, esquecimento.
in 'Retrato Natural', 1949
Cecília Meireles desembarcando em Lisboa em outubro de 1934.
Desenho Bico de pena de seu primeiro marido Fernando Correia Dias.
“- Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz. (...)”(daqui)
Cecília Meireles
Cecília Meireles
Cecília Benevides de Carvalho Meireles (Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1901 — Rio de Janeiro, 9 de novembro de 1964) foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira. É considerada uma das vozes líricas mais importantes da literatura em língua portuguesa.
“A vida só é possível reinventada”
(Cecília Meireles)
(Cecília Meireles)
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