Salvador Dali, Maria conferens in corde suo (Matthew 1:23), 1964-1967
Maria
Não tivesses tu simplicidade, como poderia
acontecer-te o que agora a noite enche de luz?
Vê, o Deus que sobre os povos em ira ardia
torna-se manso e em ti ao mundo vem Jesus.
Terias imaginado maior esse Menino?
O que é a grandeza? Através de toda a medida
pela qual Ele passa, se traça o Seu vertical destino.
Nem mesmo um astro tem uma rota assim erguida.
Vês, estes reis são grandes, imponentes,
diante de ti depositam presentes
que tomam por tesouros sem par,
e talvez te assombre a oferenda que aí está:
mas para as pregas dos teus panos dirige teu olhar,
vê como Ele tudo supera já.
Todo o âmbar que se envia para a distância
Todas as jóias de ouro e especiaria do ar,
que turvando-se nos sentidos se vêm envolver:
tudo isto rapidamente veio a terminar,
e por fim todos se vieram a arrepender.
Mas, hás-de ver, Ele enche de alegria toda a ânsia. (Tradução e prefácio de Maria Teresa Dias Furtado),
Maria
Não tivesses tu simplicidade, como poderia
acontecer-te o que agora a noite enche de luz?
Vê, o Deus que sobre os povos em ira ardia
torna-se manso e em ti ao mundo vem Jesus.
Terias imaginado maior esse Menino?
O que é a grandeza? Através de toda a medida
pela qual Ele passa, se traça o Seu vertical destino.
Nem mesmo um astro tem uma rota assim erguida.
Vês, estes reis são grandes, imponentes,
diante de ti depositam presentes
que tomam por tesouros sem par,
e talvez te assombre a oferenda que aí está:
mas para as pregas dos teus panos dirige teu olhar,
vê como Ele tudo supera já.
Todo o âmbar que se envia para a distância
Todas as jóias de ouro e especiaria do ar,
que turvando-se nos sentidos se vêm envolver:
tudo isto rapidamente veio a terminar,
e por fim todos se vieram a arrepender.
Mas, hás-de ver, Ele enche de alegria toda a ânsia. (Tradução e prefácio de Maria Teresa Dias Furtado),
Lisboa: Portugália Editora, 2008, p. 67.
O Divino
Nobre seja o homem,
Caridoso e bom!
Pois isso apenas
É que o distingue
De todos os seres
Que conhecemos.
Glória aos incógnitos
Mais altos seres
Que pressentimos!
Que o homem se lhes iguale!
Seu exemplo nos ensine
A crer naqueles!
Pois insensível
É a natureza:
O sol espalha luz
Sobre maus e bons,
E ao criminoso
Brilham como ao santo
A lua e as estrelas.
Vento e torrentes,
Trovão e saraiva
Rugem seu caminho
E agarram,
Velozes passando,
Um após outro.
Tal a sorte às cegas
Lança mãos à turba
E agarra os cabelos
Do menino inocente
Ou a fronte calva
Do velho culpado.
Por eternas leis,
Grandes e de bronze,
Temos todos nós
De fechar os círculos
Da nossa existência.
Mas somente o homem
Pode o impossível:
Só ele distingue,
Escolhe e julga;
E pode ao instante
Dar duração.
Só ele é que pode
Premiar o bom,
Castigar o mau,
Curar e salvar,
Unir com proveito
Tudo o que erra e divaga.
E nós veneramos
Os Imortais
Como se homens fossem,
Em grande fizessem
O que em pequeno o melhor de nós
Faz ou deseja.
Que o homem nobre
Seja caridoso e bom!
Incansável crie
O útil, o justo,
E nos seja exemplo
Dos Seres pressentidos.
Johann Wolfgang von Goethe, in "Poemas"
Tradução de Paulo Quintela
"Orar não é pedir. Orar é a respiração da alma. Como o corpo que se lava não fica sujo, sem oração se torna impuro." - Mahatma Gandhi
Fritz Zuber-Buhler, The Spirit Of The Morning, c. 1896
"Existe uma única estrada e somente uma, e essa é a estrada que eu amo. Eu a escolhi. Quando trilho nessa estrada as esperanças brotam, e, o sorriso se abre em meu rosto. Dessa estrada nunca, jamais fugirei." - Daisaku Ikeda
[Daisaku Ikeda (Tóquio, Japão, 2 de janeiro de 1928) é um filósofo, escritor, fotógrafo, poeta e líder budista japonês. Foi galardoado em 2007 com o Prémio Mundial do Humanismo pela Academia do Humanismo da Macedónia.]
Charles Edward Perugini (1839 – 1918)
"Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos." - Victor Hugo
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