Fotografia de Maureen Bisilliat
Não confundas o amor com o delírio da posse
Não confundas o amor com o delírio da posse
«Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. Por eu amar a Deus, meto-me a pé pela estrada fora, coxeando penosamente para o levar aos outros homens. E não reduzo o meu Deus à escravatura. E sou alimentado com o que ele dá a outros. Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.»
Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela"
Fotografia de Maureen Bisilliat
“A série Pele preta deriva de meus tempos de estudante, quando frequentava ateliês de modelo vivo, atenta à anatomia, à movimentação do corpo e à iluminação.” - Maureen Bisilliat
Sheila Maureen Bisilliat (Englefield Green, Surrey, 1931) é uma fotógrafa nascida na Inglaterra e naturalizada brasileira.
Filha da pintora Sheila Brannigan (1914 - 1994) e de um diplomata, estudou pintura com André Lhote (1885 - 1962) em Paris, em 1955, e na Art Students League de Nova Iorque, com Morris Kantor (1896 - 1974), em 1957.
Veio pela primeira vez ao Brasil em 1952, fixando-se definitivamente no país em 1957, na cidade de São Paulo. Nas palavras da fotógrafa, "o Brasil foi uma procura de raízes, que eu não tive quando criança. Nasci na Inglaterra, sim, mas vivi em muitos lugares. Meu pai era diplomata, o que me obrigou a uma vida meio camaleônica. O destino me amarrou ao Brasil. Foi um ficar querendo."
A partir de 1962, abandona a pintura e passa a dedicar-se à fotografia. Trabalha como fotojornalista para a Editora Abril, entre 1964 e 1972 - na revista Quatro Rodas mas virá a se destacar sobretudo na extinta revista Realidade.
Entre 1972 e 1992, juntamente com seu segundo marido, o francês Jacques Bisilliat, e o arquiteto Antônio Marcos Silva, funda a Galeria de Arte Popular O Bode. Nesse período, viaja pelo Brasil em busca de trabalhos de artistas populares e artesãos, para compor o acervo da galeria. Ainda nessa época, em 1988, a pedido do antropólogo Darcy Ribeiro, Maureen, Jacques e António Marcos são convidados a atuar na formação do acervo de arte popular latino-americano da Fundação Memorial da América Latina, em São Paulo. Para isto, os três percorrem México, Guatemala, Equador, Peru e Paraguai, recolhendo peças para a coleção permanente do Pavilhão da Criatividade do Memorial, do qual Maureen se torna curadora desde então.
Maureen Bisilliat foi bolsista da John Simon Guggenheim Memorial Foundation (Estados Unidos), em 1970; do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (1981 - 1987), da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (1984 - 1987) e da Japan Foundation (1987).
Em dezembro de 2003, sua obra fotográfica completa, com mais de 16.000 imagens, incluindo fotografias, negativos preto e branco e cromos coloridos, nos formatos 35mm e 6cmx6 cm, foi incorporada ao acervo fotográfico do Instituto Moreira Salles. (Daqui)
Filha da pintora Sheila Brannigan (1914 - 1994) e de um diplomata, estudou pintura com André Lhote (1885 - 1962) em Paris, em 1955, e na Art Students League de Nova Iorque, com Morris Kantor (1896 - 1974), em 1957.
Veio pela primeira vez ao Brasil em 1952, fixando-se definitivamente no país em 1957, na cidade de São Paulo. Nas palavras da fotógrafa, "o Brasil foi uma procura de raízes, que eu não tive quando criança. Nasci na Inglaterra, sim, mas vivi em muitos lugares. Meu pai era diplomata, o que me obrigou a uma vida meio camaleônica. O destino me amarrou ao Brasil. Foi um ficar querendo."
A partir de 1962, abandona a pintura e passa a dedicar-se à fotografia. Trabalha como fotojornalista para a Editora Abril, entre 1964 e 1972 - na revista Quatro Rodas mas virá a se destacar sobretudo na extinta revista Realidade.
Entre 1972 e 1992, juntamente com seu segundo marido, o francês Jacques Bisilliat, e o arquiteto Antônio Marcos Silva, funda a Galeria de Arte Popular O Bode. Nesse período, viaja pelo Brasil em busca de trabalhos de artistas populares e artesãos, para compor o acervo da galeria. Ainda nessa época, em 1988, a pedido do antropólogo Darcy Ribeiro, Maureen, Jacques e António Marcos são convidados a atuar na formação do acervo de arte popular latino-americano da Fundação Memorial da América Latina, em São Paulo. Para isto, os três percorrem México, Guatemala, Equador, Peru e Paraguai, recolhendo peças para a coleção permanente do Pavilhão da Criatividade do Memorial, do qual Maureen se torna curadora desde então.
Maureen Bisilliat foi bolsista da John Simon Guggenheim Memorial Foundation (Estados Unidos), em 1970; do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (1981 - 1987), da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (1984 - 1987) e da Japan Foundation (1987).
Em dezembro de 2003, sua obra fotográfica completa, com mais de 16.000 imagens, incluindo fotografias, negativos preto e branco e cromos coloridos, nos formatos 35mm e 6cmx6 cm, foi incorporada ao acervo fotográfico do Instituto Moreira Salles. (Daqui)
Maureen Bisilliat - Primeira Foto - Família Nissei, São Paulo, 1950
Dentro do vasto acervo da fotógrafa, Pele Preta destaca-se pela estética apurada e pelo forte simbolismo que Bisilliat explorou nas sombras e cortes na composição.
Bisilliat é autora de várias reportagens
fundamentais para a consolidação do fotojornalismo brasileiro e sempre
teve uma forte ligação com a literatura, editando vários livros de
fotografia inspirados nas obras de Mário de Andrade, Jorge Amado,
Guimarães Rosa, Euclides da Cunha e João Cabral de Melo Neto.
O Paraty em Foco – Festival Internacional de Fotografia, homenageou a fotógrafa com a exposição individual Pele Preta, na Galeria Zoom com realização do IMS.
Fotografia de Maureen Bisilliat
Fotografia de Maureen Bisilliat
Fotografia de Maureen Bisilliat.
Catadora de caranguejos em Livramento, no Rio Paraíba do Norte, PB, 1968.
Fotografia de Maureen Bisilliat
"Regresso devagar ao teu sorriso como quem volta a casa..."
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