domingo, 30 de dezembro de 2012

"Canção de embalar" - Poema de José Afonso


Gustave CourbetPortrait of Juliette Courbet as a Sleeping Child, 1841.
Musée d'Orsay, Paris, France
 

Canção de embalar 


Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será p'ra ti. 

Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar. 

Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor. 

Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme qu'inda a noite é uma menina
Deixa-a vir também adormecer. 


(Zeca Afonso)


Zeca Afonso - Canção de embalar



Galeria de Gustave Courbet

Gustave Courbet (Ornans, 10 de junho de 1819 — La Tour-de-Peilz, 31 de dezembro de 1877) foi um pintor francês. Foi acima de tudo um pintor da vida camponesa de sua região. Ergueu a bandeira do realismo contra a pintura literária ou de imaginação.


Gustave Courbet, Self-portrait with black dog, 1842
 

Gustave Courbet, Portrait of the Artist’s Father
 

Gustave Courbet, Proudhon and his children, 1865
 

Gustave Courbet, The Grain Sifters
 

Gustave Courbet, A Young Woman Reading
 

Gustave Courbet, The Hammock, 1844
 

Gustave Courbet, The Trellis, 1862
 

Gustave Courbet, Stream in the Jura Mountains (The Torrent), 1872-3
 

Gustave Courbet, Les Gorges du Saillon, 1875
 

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