terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"Cais" - Poema de Fernando Namora


Thomas Pollock Anshutz, The Lumber Boat, 1897



Cais 


Ténue é o cais 
no Inverno frio. 
Ténue é o voo 
do pássaro cinzento. 
Ténue é o sono 
que adormece o navio. 
No vago cais 
do balouço da bruma 
ténue é a estrela 
que um peixe morde. 
Ténue é o porto 
nos olhos do casario. 
Mas o que em fora nos dilui 
faz-nos exatos por dentro. 


Fernando Namora, in 'Marketing'


Who Are You... Really?


"A arte parece fazer parte da nossa vida. A história da cultura mostra que o ser humano não conseguiu desenvolver-se apenas produzindo objetos úteis. Procurou-se algo mais. Produziu-se arte. E produziu-se em sociedade." - Karl Mannheim

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