Sabiá
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Seleção com cantos de 15 espécies de sabiás e caraxués (Família Turdidae) do Brasil, as principais espécies do país. Desde o canto melódico do sabiá-laranjeira até o som nostálgico do sabiá-barranco, que dá até saudades do sertão. A família Turdidae, representada por essas aves, possui 22 espécies no Brasil.
O termo sabiá deriva da língua tupi e significa “aquele que reza muito” em alusão ao rico repertório vocal desses pássaros.
Sabiás, em geral, alimentam-se de frutos e sementes, além de insetos e outros invertebrados. Certas espécies como sabiá-ferreiro (Turdus subalaris), sabiá-coleira (Turdus albicolis) e sabiá-una (Turdus flavipes) são parcialmente migratórias. Os sabiás do género Catharus aparecem no Brasil como visitantes do Hemisfério Norte. (daqui)

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