Silva Porto, Moinho do Estevão, Alcochete, 1887
Tenho a vida feita num novelo
Tenho a vida feita num novelo,
não pertenço a lado nenhum,
não tenho
país ou terra, nenhuma raiz,
nem escolhas ou nome,
nada a dizer, nada a calar,
nem harmonias ou crenças
nem desígnios.
Uma linha apenas
num mar de mós
sem moinhos.
Helga Moreira,
Os dias todos assim, & etc., 1996, pág. 85 (daqui)
Silva Porto, Cancela de Serreleis, Minho, 1891. Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
Música de Portugal
Portugal é internacionalmente conhecido pela sua tradição folclórica, em grande medida assente no Fado e nos estilos musicais dele derivados. Sendo este o género musical que melhor caracteriza o espírito português e que está diretamente relacionado e é consequência da sua história e raízes culturais, tem-se observado uma recente expansão em diversos estilos musicais, como o rock ou o hip-hop.
A história da música portuguesa no século XX (principalmente a segunda metade), pode ser divida no período que antecede a revolução de 25 de Abril e pós-revolução.
Durante o Estado Novo, a música portuguesa era muito influenciada pelo concurso televisivo da RTP, Festival RTP da Canção, a que se caracterizou por Nacional-cançonetismo, devido à clara influência do Estado nos temas abordados. Simone de Oliveira é um dos muitos nomes.
No lado oposto, desenvolveu-se a música de intervenção, com o intuito de criticar o Estado Novo e chamar a atenção do povo. Sérgio Godinho, José Mário Branco e Zeca Afonso são três de muitos músicos que ficaram conhecidos.
No entanto, já desde o final da década de 1950 que se fazia Rock em Portugal. Joaquim Costa, Os Babies (de José Cid), Os Conchas e Daniel Bacelar são alguns dos pioneiros.
Na década seguinte, anos de surf e yé-yé, o Conjunto Mistério, Victor Gomes e os Gatos Negros, Os Titãs são alguns dos nomes que, juntamente com o Conjunto Académico João Paulo, Os Ekos, Quinteto Académico, Jets, os Sheiks e os Chinchilas marcaram essa década.
A entrar na década de 1970, a semelhança da música de intervenção o rock também fica mais politizado como se pode ouvir nos discos dos Quarteto 1111, Steamer's, Filarmónica Fraude, Banda do Casaco, entre outros.
Se a Amália ainda é o nome mais conhecido na música portuguesa, na década de 1980 surgem bandas seminais para o enriquecimento da cultura musical portuguesa, como por exemplo os Heróis do Mar, os Sétima Legião, os GNR e os Madredeus.
O Fado começa também a sua transformação e continua a evoluir muito
também, no sentido de se tornar o Fado que conhecemos hoje, praticado
por artistas como Camané ou Mariza.
Hoje em dia existem também bandas e/ou artistas musicais contemporâneos que dão contributos culturais muito significativos em todos os estilos e formas de música, do rock-canção, com os Ornatos Violeta, à canção pop, com os Clã, ao Black/Gothic/Folk/Heavy Metal, com os Moonspell, ao Hip-Hop falado em português, com Sam the Kid ou Valete, da fusão Rock–Hip-Hop, do qual são exemplo os Da Weasel, no Rock, Soul e Blues, dos quais os Wraygunn são um exemplo perfeito, ao Jazz e à música de dança, com os Buraka Som Sistema. A música tradicional mantém-se popular, embora tendo sido modernizada, especialmente na região de Trás-os-Montes.
Na década de 1990, embora já existisse música do género, é cunhado o termo Música Pimba, a partir de uma canção de Emanuel, para se referir a um tipo música ligeira com expressões de duplo sentido, muitas vezes sexuais, com Quim Barreiros um dos nomes mais conhecidos. (daqui)
No lado oposto, desenvolveu-se a música de intervenção, com o intuito de criticar o Estado Novo e chamar a atenção do povo. Sérgio Godinho, José Mário Branco e Zeca Afonso são três de muitos músicos que ficaram conhecidos.
No entanto, já desde o final da década de 1950 que se fazia Rock em Portugal. Joaquim Costa, Os Babies (de José Cid), Os Conchas e Daniel Bacelar são alguns dos pioneiros.
Na década seguinte, anos de surf e yé-yé, o Conjunto Mistério, Victor Gomes e os Gatos Negros, Os Titãs são alguns dos nomes que, juntamente com o Conjunto Académico João Paulo, Os Ekos, Quinteto Académico, Jets, os Sheiks e os Chinchilas marcaram essa década.
A entrar na década de 1970, a semelhança da música de intervenção o rock também fica mais politizado como se pode ouvir nos discos dos Quarteto 1111, Steamer's, Filarmónica Fraude, Banda do Casaco, entre outros.
Hoje em dia existem também bandas e/ou artistas musicais contemporâneos que dão contributos culturais muito significativos em todos os estilos e formas de música, do rock-canção, com os Ornatos Violeta, à canção pop, com os Clã, ao Black/Gothic/Folk/Heavy Metal, com os Moonspell, ao Hip-Hop falado em português, com Sam the Kid ou Valete, da fusão Rock–Hip-Hop, do qual são exemplo os Da Weasel, no Rock, Soul e Blues, dos quais os Wraygunn são um exemplo perfeito, ao Jazz e à música de dança, com os Buraka Som Sistema. A música tradicional mantém-se popular, embora tendo sido modernizada, especialmente na região de Trás-os-Montes.
Na década de 1990, embora já existisse música do género, é cunhado o termo Música Pimba, a partir de uma canção de Emanuel, para se referir a um tipo música ligeira com expressões de duplo sentido, muitas vezes sexuais, com Quim Barreiros um dos nomes mais conhecidos. (daqui)
Amália Rodrigues - "Estranha forma de vida" (1965)
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