Pierre-Auguste Renoir (1841–1919), In Summer, 1868
(Portrait of Lise Tréhot aged about 20), Alte Nationalgalerie
Vai aonde te leva o coração
(…)
"Quando te sentires perdida, confusa, pensa nas árvores, lembra-te da forma como crescem. Lembra-te de que uma árvore com muita ramagem e poucas raízes é derrubada à primeira rajada de vento, e de que a linfa custa a correr numa árvore com muitas raízes e pouca ramagem. As raízes e os ramos devem crescer de igual modo, deves estar nas coisas e estar sobre as coisas, só assim poderás dar fruto e abrigo, só assim na estação apropriada, poderás cobrir-te de flores e frutos.
E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metes por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares nada que te distraia espera a e volta a esperar.
Fica quieta em silêncio e ouve o teu coração.
Quando ele te falar, levanta-te, e vai para onde ele te levar.»
Susanna Tamaro, in “Vai aonde te leva o coração”, 1994
(editorial presença)
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