Artur Timóteo da Costa (Brasil, 1882-1922), European landscape at sunset, 1911
Estudo
Subitamente descobrimos o acaso
na nuvem que passa pelo pássaro
ou no pássaro que soturnamente percorre a nuvem.
De repente aprendemos a flor das coisas
e os seus movimentos na paisagem.
De repente trocamos a imagem pela paisagem
a palmatória pela parábola.
De repente descobrimos que os espelhos nos evitam
que o amanhã pertence aos outros
que da janela somos observados
por super-homens de celuloide.
De repente é o metal do amor que silencia
no coração onde tudo é paisagem.
na nuvem que passa pelo pássaro
ou no pássaro que soturnamente percorre a nuvem.
De repente aprendemos a flor das coisas
e os seus movimentos na paisagem.
De repente trocamos a imagem pela paisagem
a palmatória pela parábola.
De repente descobrimos que os espelhos nos evitam
que o amanhã pertence aos outros
que da janela somos observados
por super-homens de celuloide.
De repente é o metal do amor que silencia
no coração onde tudo é paisagem.
Subitamente compreendemos
que as palavras envelhecem com os homens
que o amor também envelhece
quando as palavras envelhecem.
que as palavras envelhecem com os homens
que o amor também envelhece
quando as palavras envelhecem.

Artur Timóteo da Costa, Pátio com fonte, 1913, óleo sobre madeira
Calafrio
O amor
é um calafrio
que nos percorre
o corpo
e desagua
na foz
de um secreto rio.
é um calafrio
que nos percorre
o corpo
e desagua
na foz
de um secreto rio.
,%20European%20landscape%20at%20sunset,%201911,%20oil_on%20cardboard,%2025,3%20x%2034,3cm,%20Photo%20Gedley%20Belchior%20Braga.jpg)
Sem comentários:
Enviar um comentário