«Orfeu» ou a poesia como realidade
"Para a maioria dos homens o convívio com a poesia é a forma mais simples de ter ao alcance das mãos um mundo cómodo, mais tranquilo do que o mundo de todos ao dias, ou então de se alienarem num universo brilhante e mágico equivalente ao sonho e ao desejo.
Pérola de imagens segregada pelo entusiasmo, o terror ou a esperança, a poesia oferece a cada homem o céu e o inferno portáteis de que precisam para iludir a necessidade de buscar no inferno real, o céu possível".
Eduardo Lourenço, in “Tempo e Poesia”
Lisboa (2003:p39)
August Strindberg, The wonderland, 1894
"Sim, eu sou um homem e choro. Um homem não tem olhos? Não tem também mãos, sentidos, inclinações, paixões? Porque é que um homem não devia chorar?"
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