quarta-feira, 3 de maio de 2023

"Morrer de Amor" - Poema de Maria Teresa Horta



Anselm Feuerbach
(German painter, 1829–1880), Francesca da Rimini
 


Morrer de Amor 


Morrer de amor
ao pé da tua boca

Desfalecer
à pele
do sorriso

Sufocar
de prazer
com o teu corpo

Trocar tudo por ti
se for preciso 


Maria Teresa Horta
, in “Destino”, 1998
 Quetzal Editores
 
 
Ernst Klimt (Austrian history painter and decorative painter, 1864–1892),
Francesca da Rimini and Paolo
, c. 1890, Belvedere

 
"Sempre existe no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio de um deserto, seja no meio das grandes cidades. E quando estas pessoas se cruzam, e seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perde qualquer importância, e só existe aquele momento, e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do sol foram escritas pela mesma Mão. A Mão que desperta o Amor, e que fez uma alma gémea para cada pessoa que trabalha, descansa e busca tesouros debaixo do sol. Porque sem isto não haveria qualquer sentido para os sonhos da raça humana." 

Paulo Coelho, Trecho do livro 'O Alquimista'


Jean-Auguste Dominique Ingres (French Neoclassical painter, 1780–1867), 
Gianciotto discovers Paolo and Francesca, 1819, Musée Bonnat-Helleu
 
 
 Francisca de Rímini

Francesca da Rimini (Francisca da Polenta) (Ravena, 1255 – Gradara, 1285) foi uma nobre medieval italiana, filha de Guido da Polenta, governante de Ravena, fonte de inspiração de Dante Alighieri, que a retratou na Divina Comédia

Francesca da Rimini provavelmente nasceu na cidade de Ravena, sendo conhecida pela sua beleza. Seu pai, Guido da Polenta era o governante da cidade e estava em guerra com a família Malatesta, de Rimini. Quando as famílias negociaram um acordo de paz, por conveniência, Guido concedeu Francesca em casamento para Giovanni Malatesta (Gianciotto), o filho mais velho de Malatesta da Verucchio, lorde de Rimini. Giovanni era um homem culto, porém de péssima aparência e tinha o corpo deformado. Guido sabia que Francesca não concordaria com o casamento de modo que ele foi realizado por procuração através do irmão mais novo, Paolo Malatesta , que era jovem e bonito. Francesca e Paolo não demoraram a se apaixonar.
De acordo com Dante, Francesca e Paolo foram seduzidos pela leitura da história de Lancelote e Ginevra, e se tornaram amantes. Posteriormente foram surpreendidos e assassinados por Giovanni. Dante utilizou o romance de Lancelot, a fim de caber no âmbito do regime de amor poesia lírica, que emula Francesca no Canto V do Inferno.  O nome "Francesca" se tornou popular entre os aristocratas. (daqui)
 
 

Alexandre Cabanel (French painter, 1823–1889), The death of Francesca da Rimini 
and Paolo Malatesta, 1870, Musée d'Orsay
 


Ary Scheffer (Dutch-French Romantic painter, 1795–1858), Francesca da Rimini and Paolo Malatesta

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