O que é mãe?
Mãe? O que é mãe?
Pessoa doce?
Tão doce
Que faz passar vergonha
Doce de batata-doce?
Mãe? O que é mãe?
Tão doce
Que se parte
Quando parte,
Melhor seria
Se não fosse.
Mãe? O que é mãe?
Luz muito clara,
Tão clara
Que nos aclara
E, afagando,
nos ampara?
Mãe? O que é mãe?
Tão doce? Tão severa
Se a gente erra!
E que empurra
Se tudo emperra.
Mãe severa?
Mãe doce?
Ou mãe fera?
Nesse teu dia
Te dou jasmim,
Te dou gladíolos,
Te dou beijim,
Assim assado,
Assim, assim.
Sérgio Capparelli,
do livro "111 poemas para crianças"
Em comemoração ao aniversário de 20 anos de publicação de Boi da cara preta, seu primeiro livro de poemas infantis, Sérgio Capparelli fez um apanhado de suas melhores poesias, espalhadas em mais de uma dezena de livros, que formam este 111 poemas para crianças.
O livro é composto por dez capítulos: Coisas que eu sei, Esses animais divertidos, Na minha casa, Ah, a cidade!, Quero ser eu mesmo, Nonsense, Jogos e adivinhas, Música de ouvido, Poemas visuais, A natureza, os dias e as noites. Os mais diversos assuntos do mundo infantil são abordados no livro. Do mesmo modo, a seleção de poesias permite às crianças a compreensão de como é vasto do domínio da arte poética, que pode cativar tanto pela emoção, quanto pela esperteza de jogos de palavras e de sons, como por sublinhar fenómenos especiais ou mostrar acontecimentos diários e quotidianos da nossa vida. Com projeto gráfico da designer Ana Cláudia Gruszynski, 111 poemas para crianças é inteiramente ilustrado.
O trabalho da artista gráfica que mantém com Capparelli um site de ciberpoesia interage com a obra textual e brinca com as poesias, tornando a leitura mais atrativa para os pequenos leitores. 111 poemas para crianças reúne o melhor da produção poética de toda a carreira de Capparelli, um dos autores infanto-juvenis de maior renome nacional.
- Prémio Açorianos de Literatura 2004, categoria Infantil
- Selo Altamente recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) 2004. (daqui)
de Arcy Tenório Albuquerque - Publicado por Conquista, 1957, Página 941.
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