Frédéric Bazille (1841–1870), Édouard Manet (1832–1883), Bazille's Studio, 1870, Musée d'Orsay, Paris.
[Studio in Rue de La Condamine. Among Bazille's friends portrayed are Pierre-Auguste Renoir sitting,
and Édouard Manet next to Bazille, who portrays himself painting.]
Tempo
Se corre devagar o tempo, e o tempo
não corre, em que relógio contarei
os segundos que se demoram quando as
horas se precipitam, ou o amanhã
Se corre devagar o tempo, e o tempo
não corre, em que relógio contarei
os segundos que se demoram quando as
horas se precipitam, ou o amanhã
que nunca mais chega neste hoje
que já passou? Mas o tempo só o é
quando o perdemos; e ao ver que
é tarde, não se volta atrás, nem
as voltas que o tempo dá o voltam
a fazer andar. Por isso é que o tempo
nos dá tempo para o ter, se ainda
houver tempo; e se tivermos de o perder,
nenhum tempo contará o tempo que se
gastou para saber o que se perdeu, ou ganhou.
gastou para saber o que se perdeu, ou ganhou.
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