Vincent van Gogh, Estrada com Ciprestes e Estrela, maio de 1890
Madrigal a uma estrela
De histórias de estrelas
ninguém quer saber.
Não conto, não conto...
Quem é que te quer,
história da estrela
que fica por cima
da minha janela?
Tão bela! Tão bela!
Comigo te guardo
na vida e na morte.
Serás um segredo...
Será uma estrela
que eu leve a meu lado
na vida que leve...
Escura que seja
- que vida tão clara!
Que noite tão branca
a noite que eu durma
(debaixo da terra)
debaixo da estrela!
Não conto. Não digo.
Comigo te guardo.
Assim tu, ó estrela,
me guardes contigo...
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