quinta-feira, 7 de maio de 2015

"O que há de mais belo na nossa vida" - Texto de Albert Einstein


O que há de mais belo na nossa vida 

 
O que há de mais belo na nossa vida é o sentimento do mistério. É este o sentimento fundamental que se detém junto ao berço da verdadeira arte e da ciência. Quem nunca o experimentou nem sabe já admirar-se ou espantar-se. Pode considerar-se como morto, sem luz, totalmente cego! A vivência do mistério — embora com laivos de temor — criou também a religião. A consciência da existência de tudo quanto para nós é impenetrável, de tudo quanto é manifestação da mais profunda razão e da mais deslumbrante beleza e, que só é acessível à nossa razão nas suas formas mais primitivas, essa consciência, esse sentimento, constituem a verdadeira religiosidade. Nesse sentido, e em mais nenhum, pertenço à classe dos homens profundamente religiosos. Não posso conceber um Deus que recompense e castigue os objectos da sua criação, ou que tenha vontade própria, de puro arbítrio no género da que nós sentimos dentro de nós. Nem tão-pouco consigo imaginar um indivíduo que sobreviva à sua morte corporal; as almas fracas que alimentem tais pensamentos fazem-no por medo ou por egoísmo ridículo. A mim basta-me o mistério da eternidade da vida, a consciência e o pressentimento da admirável elaboração do ser, assim como o humilde esforço para compreender uma partícula, por mais pequena que seja, da razão que se manifesta na natureza. 
 
 
Albert Einstein, in 'Como Vejo o Mundo'


Catedral de Santa Maria del Fiore. Desde o Renascimento, a harmonia, simetria 
e proporções corretas são consideras elementos essenciais da beleza universal.



"É durante a noite que é belo acreditar na luz."

(Jean Rostand)

Jean Rostand (30 de outubro de 1894 — 3 de setembro de 1977) foi um biólogo, filósofo moralista e historiador francês.



Esta breve animação, criada por Fernando Baptista e Matthew Twomblym e apresentada pelo National Geographic, oferece uma ideia de como pode ter sido construída a cúpula. 
Em 1419, o projeto de Filippo Brunelleschi foi o vencedor do concurso de arquitetura 
para a construção da cúpula da Santa Maria del Fiore, em Florença, Itália.


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