Lá quando a Tua voz deu ser ao nada
Lá quando a Tua voz deu ser ao nada,
Frágil criaste, ó Deus, a Natureza;
Quiseste que aos encantos da beleza
Amorosa paixão fosse ligada:
Lá quando a Tua voz deu ser ao nada,
Frágil criaste, ó Deus, a Natureza;
Quiseste que aos encantos da beleza
Amorosa paixão fosse ligada:
Às vezes em seus desgostos desmandada,
Nos excessos desliza-se a fraqueza;
Fingem-Te então com ímpeto, e braveza
Erguendo contra nós a dextra armada:
Ó almas sem acordo, e sem brandura,
Falsos órgãos do Eterno! Ah!… Profanai-o,
Dando-lhe condição tirana e dura!
Trovejai, que eu não tremo e não desmaio;
Se um Deus fulmina os erros da ternura,
Uma lágrima só Lhe apaga o raio.
.jpg&container=blogger&gadget=a&rewriteMime=image%2F*)
Sem comentários:
Enviar um comentário