domingo, 11 de setembro de 2011

"O Meu Alentejo" - Poema de Florbela Espanca


Branco Cardoso, Alentejo


O Meu Alentejo


Meio-dia. O sol a prumo cai ardente,
Dourando tudo... ondeiam nos trigais
D´ouro fulvo, de leve... docemente...
As papoulas sangrentas, sensuais...

Andam asas no ar; e raparigas,
Flores desabrochadas em canteiros, 
Mostram por entre o ouro das espigas
Os perfis delicados e trigueiros...

Tudo é tranquilo, e casto, e sonhador...
Olhando esta paisagem que é uma tela
De Deus, eu penso então: onde há pintor,

Onde há artista de saber profundo,
Que possa imaginar coisa mais bela,
Mais delicada e linda neste mundo?!


in ‘Mensageira das Violetas’ 



Britney Spears - I'm Not A Girl, Not Yet A Woman. 


"Sirvo-me de animais para ensinar o homem." 

 Jean de La Fontaine,
 Fábulas


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