Natal
Que nos trazes a não ser
lágrimas cada vez mais,
natal eterno a nascer
de outros natais...
Ligeira esperança que toca
os nossos olhos molhados
e o sangue da nossa boca,
amordaçados...
Ah bruxuleante luz
acenando ao longe em vão
e que a dor nos reproduz
em ilusão...
Ternura dum breve instante
que o próprio instante desterra,
morta no facto constante
de tanta guerra...
Augustus Edwin Mulready (British painter, 1844–1905), Fatigued Minstrels, 1883
"Sejamos bons e depois seremos felizes. Ninguém recebe o prémio sem primeiro fazer por isso."
Sem comentários:
Enviar um comentário