Ford Madox Brown (1821–1893), Pretty Baa-Lambs, 1852
Fé
As orações dos homens
Subam eternamente aos teus ouvidos;
Eternamente aos teus ouvidos soem
Os cânticos da terra.
No turvo mar da vida,
Onde aos parcéis do crime a alma naufraga,
A derradeira bússola nos seja,
Senhor, tua palavra.
A melhor segurança
Da nossa íntima paz, Senhor, é esta;
Esta a luz que há de abrir à estância eterna
O fulgido caminho.
Ah! feliz o que pode,
No extremo adeus às coisas deste mundo,
Quando a alma, despida de vaidade,
Vê quanto vale a terra;
Quando das glórias frias
Que o tempo dá e o mesmo tempo some,
Despida já, — os olhos moribundos
Volta às eternas glórias;
Feliz o que nos lábios,
No coração, na mente põe teu nome,
E só por ele cuida entrar cantando
No seio do infinito.
in 'Crisálidas' (1864)
Ford Madox Brown, The Irish Girl, 1860
"Toda arte é uma revolta contra o destino do homem."
(André Malraux)
Ford Madox Brown, Mauvais Sujet, 1863
"A cultura, sob todas as formas de arte, de amor e de pensamento, através dos séculos, capacitou o homem a ser menos escravizado."
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