Wright Barker (British painter, 1864-1941)
Vai a fresca manhã alvorecendo
Vai a fresca manhã alvorecendo,
vão os bosques as aves acordando,
vai-se o Sol mansamente levantando
e o mundo à vista dele renascendo.
Veio a noite os objetos desfazendo
e nas sombras foi todos sepultando;
eu, desperta, o meu fado lamentando.
fui com a ausência da luz esmorecendo.
Neste espaço, em que dorme a Natureza.
porque vigio assim tão cruelmente?
Porque me abafa ó peso da tristeza?
Ah, que as mágoas que sofre o descontente,
as mais delas são faltas de firmeza.
Torna a alentar-te, ó Sol resplandecente!
in 'Antologia Poética'
Sem comentários:
Enviar um comentário