Eduardo Afonso Viana, Revolta das bonecas, 1916, óleo sobre tela, 114 x132 cm
Eu me perdi
Eu me perdi na sordidez de um mundo
Onde era preciso ser
Polícia, agiota, fariseu
Ou cocote
Eu me perdi na sordidez do mundo
Eu me salvei na limpidez da terra
Eu me busquei no vento e me encontrei no mar
E nunca
Um navio da costa se afastou
Sem me levar
Galeria de Eduardo Viana
Eduardo Viana, Ponte D. Maria (Porto)
Eduardo Viana, Vista do Porto e do rio Douro
Eduardo Viana, Vista do Porto
Eduardo Viana, Rio Douro
Eduardo Viana, Paisagem de Sintra
Eduardo Viana, K4 Quadrado Azul
Eduardo Viana, As Três Abóboras
Eduardo Viana, O homem das louças, 1919,
óleo sobre tela, 131 x 114 cm
Eduardo Viana, Louça de Barcelos, 1915
Eduardo Viana, Pousada de Ciganos, 1923
Eduardo Afonso Viana, mais conhecido por Eduardo Viana (Lisboa, 28 de Novembro de 1881 — Lisboa, 21 de Fevereiro de 1967), foi um pintor português. É consensualmente reconhecido como "um dos maiores pintores da primeira geração do modernismo nacional"
Eduardo Viana estuda na Academia de Belas Artes de Lisboa, onde é aluno de Veloso Salgado e Columbano Bordalo Pinheiro.
Interrompe o curso de pintura em 1905, ano em que parte para Paris, onde estuda com J. P. Laurens e frequenta as Academias Livres.
Viaja até Inglaterra, Holanda e Bélgica; faz amizade com Amadeo de Souza-Cardoso, Francisco Smith e Emmerico Nunes.
Entre 1911 e 1915 envia trabalhos para o salão oficial da SNBA, sendo-lhe atribuída uma Menção Honrosa (1911) e uma 2ª Medalha (1915).
Regressa a Portugal depois da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Entre 1915 e 1916 reside em Vila do Conde e mantém uma relação de grande proximidade com o casal Robert Delaunay e Sonia Delaunay, que se havia fixado nessa localidade, contactando também com Amadeo de Souza-Cardoso, então a residir em Manhufe, perto de Amarante.
Em 1919 participa no III Salão dos Modernistas do Porto; em 1920, 1921 realiza duas exposições individuais (no Porto e em Lisboa); em 1923 é convidado, com Amadeo e Almada, a participar na exposição os Cinco Independentes, SNBA, Lisboa.
Em 1925 organiza o primeiro Salão de Outono, SNBA, "que reunia, entre os trinta nomes apresentados, o mais interessante de toda uma geração", onde expõe 8 trabalhos, entre os quais as telas para o café «A Brasileira»; nesse mesmo ano regressa a Paris, mudando-se para a Bélgica cinco anos mais tarde.
Regressa definitivamente a Portugal em 1940 devido à intensificação da 2ª Guerra Mundial.
A parte final da sua carreira corresponde a um tempo de consagração. A partir de 1935 participa no I, VI, VIII, XI, XII e XIV Salão de Arte Moderna do SPN / SNI, vencendo o Prémio Columbano em 1941 e 1948. Em 1957 vence o Grande Prémio de Pintura na Exposição da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Em 1965 é-lhe atribuído o Prémio Nacional de Arte, do SNI. E o Museu de Arte Contemporânea adquire nove dos seus trabalhos mais notáveis.
De "temperamento recolhido e «grognard»", "supersticioso, austero, exigente e obstinado", jamais consentiu que alguém
tomasse a iniciativa de dar a conhecer a sua obra de forma extensiva.
Todas as celebrações à sua volta lhe seriam indiferentes e, por isso, "só postumamente puderam culminar numa grande exposição retrospetiva, oficialmente realizada em 1968, no SNI"
Foi um dos artistas portugueses que menos seguiu modas e escolas. Entre os seus trabalhos mais significativos encontram-se A Revolta e O Homem das Louças. (Daqui)
Stephane Wrembel: "Bistro Fada"
Stephane Wrembel é um guitarrista de jazz francês, atualmente residente em Brooklyn, Nova Iorque. Wrembel é mais conhecido como compositor e intérprete de Gypsy Jazz.
Wrembel estudou piano clássico desde os quatro anos em Fontainebleau, França, antes de assumir a guitarra aos 16 anos.
Enquanto frequentava a Escola Americana de Música Moderna de Paris, Wrembel inspirou-se em Django Reinhardt para estudar composição, jazz e música clássica contemporânea.
Após a formatura, Wrembel foi premiado com uma bolsa de estudos para o Berklee College of Music.
Wrembel emitiu vários álbuns, em seu próprio nome como O Trio Wrembel Stephane e sua canção "Big Brother" que foi destaque na trilha sonora de Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona.
Em 2011, compôs a faixa tema do filme de Woody Allen, Midnight In Paris, intitulado Bistro Fada.
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