sexta-feira, 2 de abril de 2021

"Minha Casa" - Poema de Ada Ciocci Curado


Albert Bartholomé (French, 1848–1928), In The Conservatory - 
Madame Bartholomé, 1881, Musée d'Orsay, Paris


Minha casa


Minha casa hoje,
tem janelas abertas para o nascente,
para o poente,
e,
também para a larga estrada,
aquela que conduz ao limite,
pela frente.
Minha casa solitária,
Branca e alta,
embora esteja plantada em estéril campo,
é toda circundada de verde, paz e silêncio.
Nova e antiga casa,
onde o Amor e a Esperança,
ainda são uma constante.


In 'Acalanto', 1991

Albert Bartholomé, The Artist's Wife - Périe (1849–1887) Reading, 1883 
 
 
Ao amor 
 
 ...
Muito amo as criaturas, porém,
sobretudo eu amo o poeta,
por ser ele o senhor da sensibilidade,
da emoção e do sonho.
...
Enfim,
eu amo a palavra por permitir-me dizer ela
o quanto eu amo.

Ada Ciocci Curado
In 'Acalanto', 1991
 

Bartholomé's sculpture on his wife's grave at Bouillant 
near Crépy-en-Valois 
 
 
Lírico


A morte levou a poeta, 
porém 
os verbos
e os ensinamentos de amor
 por ela deixados 
na História ficaram.

Ada Ciocci Curado
In 'Acalanto', 1991
 
 

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