Emil Nolde, Young Couple, 1935
Signo
Há tanto tempo que me entendo tua,
exilada do meu elemento de origem: ar,
não mais terra, o meu de escolha,
mas água, teu elemento, aquele
que é do amor e do amar.
Se a outro pertencia, pertenço agora a este
signo: da liquidez, do aguaceiro. E a ele
me entrego, desaguada, sem medir margens,
unindo a toda esta água do teu signo
minha água primitiva e desatada.
Olga Savary
exilada do meu elemento de origem: ar,
não mais terra, o meu de escolha,
mas água, teu elemento, aquele
que é do amor e do amar.
Se a outro pertencia, pertenço agora a este
signo: da liquidez, do aguaceiro. E a ele
me entrego, desaguada, sem medir margens,
unindo a toda esta água do teu signo
minha água primitiva e desatada.
Olga Savary
(1933-2020)
Emil Nolde, Self-Portrait, 1917
Emil Nolde (7 de Agosto de 1867 - 15 de Abril de 1956), de seu verdadeiro nome Emil Hansen, foi um dos mais importantes pintores expressionistas alemães.
Os seus quadros, tal como pretendia, chocavam o espectador, devido à vivacidade das cores, que contrastavam abusivamente umas com as outras, à deformação dos rostos das personagens retratadas, à distorção das perspetivas e ao excessivo uso de tinta.
A sua viagem à Nova Guiné, entre 1913 e 1914 fez com todos estes aspetos se avivassem ainda mais nas suas obras.
Sempre influenciado por pintores como Vincent van Gogh, Edvard Munch ou mesmo James Ensor, durante todo o seu percurso artístico pouco mudou de estilo.
Em 1941, os nazis, que imperavam na Alemanha, proibiram Nolde de pintar, pois consideravam que a sua pintura era mundana e imoral, podendo incitar certas revoltas. Anos mais tarde, depois com fim da Segunda Guerra Mundial e com a queda dos nazis, Emil Nolde voltou a pintar, tendo realizado um número incontável de aguarelas e pequenos óleos. (Daqui)
Os seus quadros, tal como pretendia, chocavam o espectador, devido à vivacidade das cores, que contrastavam abusivamente umas com as outras, à deformação dos rostos das personagens retratadas, à distorção das perspetivas e ao excessivo uso de tinta.
A sua viagem à Nova Guiné, entre 1913 e 1914 fez com todos estes aspetos se avivassem ainda mais nas suas obras.
Sempre influenciado por pintores como Vincent van Gogh, Edvard Munch ou mesmo James Ensor, durante todo o seu percurso artístico pouco mudou de estilo.
Em 1941, os nazis, que imperavam na Alemanha, proibiram Nolde de pintar, pois consideravam que a sua pintura era mundana e imoral, podendo incitar certas revoltas. Anos mais tarde, depois com fim da Segunda Guerra Mundial e com a queda dos nazis, Emil Nolde voltou a pintar, tendo realizado um número incontável de aguarelas e pequenos óleos. (Daqui)
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